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Dia do Orgulho Autista: a importância do exercício físico

É mais um tipo de transtorno que recebe a cada dia várias ações sobre conscientização

Dia do Orgulho Autista
Dia do Orgulho Autista - Shutterstock

18 de junho é o Dia do Orgulho Autista, ou seja, é uma data para retirar qualquer visão preconceituosa sobre o autismo. Esse dia foi criado pela organização estadunidense Aspies for Freedom e desde 2005 faz parte do calendário brasileiro. Além de todo trabalho sobre inclusão, o exercício físico é prioridade para esse grupo de pessoas.

A importância do exercício físico no Dia do Orgulho Autista

“O exercício físico se apresenta como uma excelente ferramenta para mudar esse cenário, ou seja, através do exercício físico sistematizado e específico o intuito é melhorar o desenvolvimento das habilidades motoras e capacidades coordenativas. Evitando também possíveis doenças crônicas, advindas da menor capacidade e habilidade causadas também pelo sedentarismo e com uma equipe multidisciplinar com psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e medicamentosos”, respondeu com exclusividade para o Sport Life o personal trainer Cassio Lucca.

Assim, há muitos estudos que mostram que o exercício físico deve ser iniciado por um sujeito autista o mais rápido possível independentemente da dificuldade que se possa apresentar. A melhora por meio dessa prática aparece apenas em longo prazo.

“Proporciona para um paciente melhor controle postural, coordenação, força muscular. Se sentir melhor consigo mesmo, evita problemas secundários pela inatividade física”, complementou Cassio.

É de se lembrar que deve haver um trabalho em conjunto, isto é, várias formas de acompanhamento diário para quem vive com esse transtorno. “Terapias com animais (equitação), meio aquáticos e realidade virtual estão sendo bem aceitos como formas para melhorar a condição de saúde geral de um paciente. Devendo iniciar o mais rápido possível após diagnóstico da doença”, afirmou Lucca.

Dois exemplos no Dia do Orgulho Autista

Celiberti, D.A publicou o caso de uma criança de 5 anos com alto grau de movimentos estereotipados. Essa criança participou de dois programas de exercícios, 6 minutos de caminhada contínua e lenta e 6 minutos de corrida moderada. Após descanso por 3 minutos, retornava para a sala de aula, onde observou-se que por 40 minutos houve redução de movimentos estereotipados”, citou o personal.

Chien-Yu Pan realizou um estudo com 16 crianças entre 6 e 9 anos e todas do sexo masculino participando duas vezes na semana com sessões de 90 minutos. Após dez semanas de treinamento, apresentou melhora no meio aquático, bem como diminuição dos movimentos estereotipados, problemas comportamentais, melhorando força, flexibilidade, velocidade, agilidade, potência muscular e melhora do sistema cardiovascular”, concluiu Cassio Lucca.

O que é o TEA?

O TEA (Transtorno do espectro autista) gera déficits na interação social, comunicação, padrões de movimentos repetitivos e estereotipados, além de interesses limitados em atividades. É comum no sexo masculino e ocorre nos primeiros anos de vida.

Dessa maneira, um sujeito TEA apresenta mudanças em regiões específicas do cérebro, por exemplo: lobos frontais e temporais, cerebelo, amígdala, hipocampo, corpo calo e o giro do cíngulo, o que estão ligados diretamente nas capacidades coordenativas grossa, fina, ritmo, ritmo intrínseco e extrínseco, equilíbrio estático e dinâmico.

Sendo assim, estão relacionados com as habilidades motoras. Como andar, correr, saltar, lançar, quicar e girar, o que há um atraso em seu desenvolvimento por completo. Aí propicia distúrbios de percepções ao meio. Tornando difícil o diagnóstico de um paciente sobre o que é importante ou não e prejudicial para seu desenvolvimento motor.

Dado

O levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que existem cerca de 2 milhões de autistas no Brasil. Já que a população total do país é de 200 milhões de habitantes, 10% da população está no espectro.

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