Por Lygia Haydée
Ser goleiro de futsal não é tarefa fácil. “Como a quadra é menor (40 m de comprimento por 20 m de largura) e o jogo, mais dinâmico, lidamos com exigências mais frequentemente do que os goleiros de campo. Isso faz com que tenhamos que ficar ainda mais concentrados, pois qualquer descuido ou distração pode resultar em um acerto do adversário”, conta Léo Oliveira, eleito o melhor goleiro da Liga Futsal 2010.
Como o gol também é menor, o goleiro é obrigado a estar sempre bem posicionado. “Eu, por exemplo, sempre espero a ação do chutador para depois reagir ao chute. Mas preciso analisar, em fração de segundos, a estrutura ofensiva do time adversário, para saber se há algum jogador livre na segunda trave, pois, se houver, precisarei marcá-lo para que não ocorra um cruzamento na diagonal”, ressalta.
Reflexo rápido, aliás, é outra característica determinante do goleiro desse esporte. Como a grande maioria dos chutes é de curta distância, a ação deve ser rápida e precisa. “Coragem também é decisiva, pois ela é fundamental para a defesa mais comum no futsal: sair do gol fechando o ângulo de chute com o seu próprio corpo. Dói, mas é recompensador, pois é melhor a dor da defesa do que a do gol sofrido”, desabafa.
Oliveira explica o que faz para ter um tempo de reação mais curto. “Há vários tipos e formas de treinamentos. Usamos cones, placas, chutes em sequência – que alternam altura e velocidade da bola – e treinos de velocidade de reação, quando o treinador determina os movimentos com a nossa visão do chute encoberta, para estimular o reflexo e a velocidade de reação”, diz.
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