Aos 14 anos, Kayla Montgomery era uma garota ativa e apaixonada por atividades físicas. Sempre incentivada por seus pais a se dedicar aos esportes, ela encontrou no futebol sua grande paixão e ingressou no time feminino de sua cidade, na Carolina do Norte. Mas, com o decorrer dos treinos e competições, percebeu que algo estava errado.
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Após os jogos, Kayla não sentia os dedos dos pés e muitas vezes as pernas. Em 2010, o diagnóstico foi dado: a jovem atleta sofria de esclerose múltipla, doença crônica que ataca o sistema nervoso central e afeta a capacidade do cérebro de controlar funções como andar, falar e enxergar. A esclerose múltipla não tem cura e o processo de degeneração do cérebro é irreversível. O tratamento consiste apenas em tentar retardar a perda dos movimentos.
Kayla foi obrigada a desistir do futebol, esporte de muito contato físico. Mas após alguns de meses de fúria e negação, ela resolveu usar sua doença para ir mais longe: Kayla começou a correr.
Com ajuda da medicação e de seu treinador, Kayla se destacou no esporte e, logo em seguida, começou a competir. A esclerose múltipla foi como um impulso: quando a temperatura do corpo aumenta durante a corrida, ela deixa de sentir suas pernas, o que significa não sentir dor ou necessidade de parar. Kayla tornou-se uma das jovens corredoras mais rápidas do país.
Entretanto, quando cruza a linha de chegada sem sentir os movimentos, parar e permanecer em pé é impossível. Este é o momento em que seu treinador está lá para segurá-la, até que a temperatura de seu corpo volte ao normal e recupere os movimentos. Mas ela se sente feliz e ainda uma garota normal quando corre. Desfrutando de cada segundo em que ainda pode se mover.
Em sua última competição do Ensino Médio, Kayla terminou a prova como praticamente todas as outras: desabando nos braços de seu treinador e em primeiro lugar.
E você, qual é a sua desculpa para não tentar?
Confira o vídeo com a história de Kayla: