Rico em nutrientes e presente no dia a dia dos brasileiros, o leite continua gerando dúvidas. Para muitos, ele é amigo da saúde; para outros, pode ser um vilão. Mas afinal, até que ponto isso é verdade? A nutricionista Sueli Longo, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), esclarece três mitos comuns sobre o consumo da bebida:
Mito 1: Leite não faz diferença na infância
Ao contrário do que alguns acreditam, o leite tem papel fundamental durante a infância e adolescência. Ele contribui para o crescimento, auxilia na formação óssea e ainda reduz o risco de osteopenia e osteoporose no futuro. Além disso, está associado à diminuição da incidência de doenças crônicas como diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares e hipertensão.
Mito 2: Você pode obter o cálcio em qualquer alimento
Segundo a especialista, o leite não pode ser simplesmente substituído quando se trata de cálcio. Isso porque, além da alta quantidade do mineral, a bebida oferece um elevado percentual de absorção — ou seja, garante que o corpo realmente aproveite o nutriente.
Mito 3: Leite causa inflamação
A relação entre leite e inflamação só é verdadeira em um caso específico: pessoas com alergia à proteína do leite de vaca. “O consumo de leite estará associado a processos inflamatórios apenas em pessoas diagnosticadas com alergia à proteína do leite de vaca. Nesse caso, o consumo de qualquer quantidade de leite, derivados e qualquer produto que contenha leite na sua composição não é uma recomendação”, explica Longo.
Um alimento para todas as idades
Com alta densidade nutricional e fonte de proteínas, cálcio e outros componentes funcionais, o leite pode trazer benefícios em todas as fases da vida. O segredo, segundo os especialistas, está no equilíbrio e no consumo adequado.
