Em um país dominado pelo café, os benefícios dos chás estão sendo cada vez mais conhecidos no mercado brasileiro. Historicamente, o chá acabou conquistando seu espaço prioritariamente no Oriente, deixando o café para o Ocidente.
Ainda é possível que o chá contenha cafeína, que ajuda no desempenho esportivo. Quer saber mais? Confira!
Santa cafeína
Determinar a quantidade de cafeína nos diferentes tipos de chá e cafés é uma tarefa difícil. “Varia muito e não há uma padronização”, diz a nutricionista e fitoterapeuta Maria Angélica Fiut. Inúmeros fatores influenciam nos teores, que podem variar de xícara para xícara, dependendo do cultivo da planta, da industrialização e do preparo da bebida.
As ervas para infusão não contêm cafeína. A exceção é a erva-mate. As folhas frescas, antes de fazer o chá, podem concentrar até 2,2% da substância.
A Clínica Mayo considera que o limite diário de cafeína para um adulto seja de 500 mg por dia. A substância não é mais demonizada como foi um dia e até já não faz mais parte da lista de substâncias consideradas doping esportivo. É utilizada, dentro de padrões permitidos, para melhorar o desempenho dos atletas.
De acordo com o nutrólogo Carlos Werutsky, a cafeína só representa perigo à saúde se for consumida em concentrados com altos teores da substância. Ou ainda para pessoas que têm sensibilidade – ficam insones, agitadas ou ansiosas quando tomam muito café, chá ou mate.
Para quem está na batalha para entrar em forma, a cafeína pode ser uma arma a mais. A ação termogênica ajuda o corpo a queimar calorias. “Mas é uma termogênese leve, muito inferior à que o exercício físico possa gerar”, diz Werutsky. Para haver gasto de calor que proporcione uma mudança no metabolismo é necessário se exercitar 40 minutos, no mínimo. “Mesmo tomando 1 litro de chá por dia não se chega a esse efeito”, diz o médico.