Hoje, 10 de outubro, é o Dia Mundial da Saúde Mental. Data criada pela Federação Mundial de Saúde Mental no ano de 1992 para reforçar os cuidados sobre a manutenção do bem-estar mental. E, através da liberação de um neurotransmissor chamado serotonina, a prática de atividades físicas tem papel importante nessa busca. É o que explica o médico neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Dr. Diogo Haddad.
Efeitos da serotonina no corpo – Dia Mundial da Saúde Mental
“A serotonina é um neurotransmissor monoamina. Como neurotransmissor, a serotonina transporta mensagens entre as células nervosas do cérebro (Sistema Nervoso Central) e por todo o corpo (Sistema Nervoso Periférico). Entre suas diversas funções, influencia na aprendizagem, memória, felicidade, mas também regula a temperatura corporal, o sono, o comportamento sexual e a fome”, garante o Dr. Diogo em entrevista exclusiva para o Sport Life.
Dessa maneira, a liberação de serotonina ocorre de maneira natural, exemplos: a exposição ao sol, exercícios físicos e dieta balanceada. Sendo assim, esses são os momentos tanto de liberação quanto de ativação da serotonina.
No entanto, sempre há de prezar pelo equilíbrio, não é mesmo? Então, nesse sentido Haddad vai compartilhar logo abaixo quais são os principais efeitos do excesso de serotonina no corpo.
“A serotonina em excesso fica armazenada ou excretada de forma fisiológica. Alterações de superdosagem de medicações, por exemplo, podem levar a síndromes serotoninérgicas onde o paciente pode ter aumento de temperatura corporal e alteração em nível de consciência”, explica o neurologista.
Quais exercícios físicos aumentam a serotonina?
“Atividades aeróbicas realizadas cinco vezes na semana e atividades que sugerem pouco esforço podem ser realizadas duas vezes por semana por um período de 30 minutos. Essas ações são as atuais recomendações baseadas nos últimos estudos divulgados sobre o tema”, responde o profissional.
Saiba sobre a falta de serotonina
Esse neurologista do Oswaldo Cruz define como exemplos “clássicos” a depressão, fobia e ansiedade, condições em que denotam que a produção está baixa ou que não é usada de maneira efetiva.
“A falta de serotonina desempenha um papel para o desenvolvimento da depressão, ansiedade e outras condições de saúde, mas de maneira mais sutil interage na sensação de bem-estar, o que pode alterar o sono, a fome, outros hábitos e comportamentos”, esclarece.
Serotonina e dopamina: compreenda a diferença
“Ambos são neurotransmissores e são considerados os ‘hormônios da felicidade’, pois desempenham um papel no humor e na emoção positivos. A serotonina está associada à felicidade, concentração e calma, já a dopamina está mais associada a recompensas e motivação. No entanto, há algumas diferenças. A dopamina controla os movimentos e a coordenação do corpo. A serotonina ajuda a regular as funções digestivas, que inclui a função intestinal e o apetite. A dopamina causa sensação de fome, enquanto a serotonina elimina essa sensação. A dopamina é armazenada principalmente no cérebro, enquanto a serotonina é encontrada principalmente no intestino. Ter uma boa relação com as duas é o que pode trazer uma boa qualidade de vida”, encerra o Dr. Diogo Haddad.