Saúde

Dia Nacional da Saúde: médicos revelam os pilares do bem-estar

A regularidade com um conjunto de hábitos saudáveis reflete na qualidade de vida

Dia Nacional da Saúde - Shutterstock

Hoje, 5 de agosto, é o Dia Nacional da Saúde, data criada por meio da Lei nº 5.352/1967 em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz e para conscientizar a população sobre a importância do estilo de vida saudável. Nesse sentido, o quinteto de médicos Dr. João Branco, Dr. Celso Cukier, Dra. Stella Bozza, Dr. Beni Grinblat e Dr. Lúcio Huebra vai expor os pilares do bem-estar com exclusividade ao Sport Life.

Os pilares do bem-estar no Dia Nacional da Saúde

Exercício físico

“Componente” indispensável para quem quer recomeçar no Dia Nacional da Saúde. Não importa a modalidade, ou seja, um ritmo de exercícios físicos oferece momentos de bem-estar, exemplos: endorfina e dopamina, substâncias presentes no organismo relacionadas à felicidade.

“A atividade ideal é aquela que a pessoa tem afinidade. Por exemplo: dança, zumba e tudo isso mantém a pessoa fisicamente ativa. Não gosta de bola, mas tem voleibol, tênis e basquete. Então, isso é importante para a pessoa exatamente experimentar e, principalmente, a pessoa tem que ter uma necessidade de hábitos com evolução gradativa”, orienta o médico do esporte Dr. João Branco.

A diretriz da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade na semana ou aquela atividade física vigorosa para adultos e, também, a média de 60 minutos de atividade aeróbica moderada diária para crianças e adolescentes. João faz o alerta sobre o exagero, isto é, que o praticante não seja vítima do “overtraining”, excesso de treino.

“A pessoa fica ansiosa, afobada e passa do ponto, que é o chamado overtraining síndrome. Isso pode ocasionar aumento de risco de lesões musculares, oscilação do humor, imunidade, alterações físicas de inchaço, edema, dores articulares, é quando a pessoa passa do ponto e aquilo não gera um benefício. Gera, sim, um malefício”, finaliza o Dr. João Branco.

Alimentação balanceada

Se encontrou com uma modalidade e não abandonou os treinos e campeonatos? Maravilha! O outro “dever de casa” é na hora da refeição. Saber o que se deve comer e beber antes e depois do treino é interessante para que possa em alguns instante saborear uma pizza ou lanche delicioso com tranquilidade.

“Quando nós comemos uma fonte de proteína, pode ser carne e ovos. Com os vegetais, incluindo legumes e as nossas saladas, buscamos incluir as frutas pelo menos uma em cada refeição. Nós vamos ter uma dieta bastante saudável e fugir dos alimentos que a gente não deve ingerir”, aconselha o médico nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein Dr. Celso Cukier.

Paralelamente, existem renúncias para quem objetiva performance ou bem-estar diário. Ainda não sabe como repensar os seus hábitos alimentares diários? Celso vai lhe orientar.

“O excesso de farinhas, açúcares e gorduras indesejadas. Então, aí a gente passa ao próximo ponto onde a própria OMS recomenda que reduza os alimentos refinados, a quantidade de açúcar, a quantidade de sal e, principalmente, as gorduras de origem saturada, que são as gorduras animais. Então, buscamos incorporar na nossa alimentação mais alimentos não industrializados”, encerra o Dr. Celso Culkier.

Não ao tabaco a partir do Dia Nacional da Saúde para sempre!

O tabagismo não deve ser cogitado por ninguém que quer se dar bem no esporte ou em uma vida saudável. Afinal, o tabaco é o “ingrediente” capaz de comprometer o rendimento e bem-estar.

“O impacto negativo do tabaco está relacionado principalmente ao desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva (enfisema) e é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão. Além disso, aumenta a incidência de infarto agudo do miocárdio, derrames e vários outros tipos de câncer. O seu uso também pode desencadear e agravar condições como hipertensão e diabetes, assim como aumentar o risco das pessoas desenvolverem e morrerem por tuberculose. É importante lembrar que outro impacto negativo está na dependência química causada pela nicotina do tabaco”, destaca a pneumologista dos Hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat Dra. Stella Bozza.

Questionada se o cigarro eletrônico é pior do que o comum, Stella pontua que o que se sabe é que o cigarro eletrônico causa as mesmas doenças do cigarro comum e queimadura nas vias aéreas decorrente da inalação do vapor quente combinado às substâncias tóxicas.

“Além disso, cigarro eletrônico possui um potencial maior de vício já que a nicotina atinge mais rapidamente os pulmões, a corrente sanguínea e o cérebro, além da dose de nicotina ser superior”, reforça a Dra. Stella Bozza.

O cuidado com a pele

“Quando a gente fala de proteção solar, não é só passar protetor. Passar protetor solar é fundamental, mas há outras medidas de proteção solar. Então, chapéu, roupa, óculos escuros, porque o sol também pode ter dado lesão ocular, ficar na sombra e evitar o sol no horário de pico. Então, acho que todas essas medidas de proteção solar vão evitar os efeitos em curto prazo, por exemplo: queimadura, mas principalmente os efeitos a longo prazo, que aí o envelhecimento da pele e mais nos pontos mais sérios, mais patológicos o câncer de pele”, reforça o médico dermatologista do Hospital Israrelita Albert Einstein Dr. Beni Grinblat.

O sono de qualidade

Não existe até aqui uma carga de sono definida para população, mas a média é de 7 a 8 horas. O motivo é que a quantidade de horas dormidas está de acordo de pessoa para pessoa, o que torna-se diferente para recém-nascido, bebê, criança, adulto e idoso.

“A quantidade de horas de sono ideal para cada pessoa é definida geneticamente. Por isso, pessoas dentro de uma mesma família têm uma tendência a precisarem da mesma quantidade de horas de sono e ter horários de dormir e acordar semelhantes”, esclarece o neurologista e integrante do Núcleo de Medicina do Sono do Hospital Sírio-Libanês Dr. Lúcio Huebra.

O que prevalece é uma boa noite de sono para evitar doenças neurológicas. “O sono também é fundamental para a saúde cerebral, eliminando proteínas tóxicas que, caso acumulassem de forma anormal, poderiam levar à degeneração cerebral, por exemplo: a doença de Alzheimer”, salienta Lúcio.

Rotina com horário regular, ambiente ok sem luz e, principalmente, de aparelhos eletrônicos. Renúncias ao consumo de estimulantes, como a cafeína e refrigerantes, exercícios físicos e um “off” aos problemas diários ajudam no sono leve.

“A principal dica é reconhecer seu padrão de sono e tentar respeitar essa necessidade. Reconhecer seu horário preferencial de dormir e acordar, a quantidade de horas de sono necessárias e observar como é o seu funcionamento durante o dia com esse padrão de sono”, conclui o Dr. Lúcio Huebra.

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