Emagrecimento

Dietas restritivas podem gerar efeito sanfona; entenda

Veja, finalmente, como emagrecer e não engordar novamente

Efeito sanfona: médica explica como e por que fugir das dietas restritivas / Foto: Shutterstock

O brasileiro foi quem mais engordou durante a pandemia. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Ipsos Global Advisor, aproximadamente metade da população do país ganhou, em média, 6,5 kg nos últimos dois anos. Por isso, a pressa para emagrecer tende a ser comum. Mas, ter cuidado com as dietas restritivas é importante.

A internet está repleta de estratégias que prometem milagres, como uma perda absurda de peso em poucos dias. No entanto, essas dietas restritivas dificilmente são saudáveis e costumam causar alterações bruscas no metabolismo, além do temido ganho de peso.

Os problemas são as calorias?

O principal risco é quando são adotados diferentes protocolos para perda de peso, sem um acompanhamento médico adequado e personalizado, como aponta a médica nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira.

“A maioria das pessoas acredita que o déficit calórico é o fator responsável pelo emagrecimento, ou seja, para perder peso o consumo de energia deve ser menor do que a energia gasta no dia, portanto se comer menos, perderá medidas mais facilmente, porém a qualidade dos alimentos ingeridos é o elemento-chave, além de um estilo de vida mais saudável, de modo geral”, esclarece.

A especialista destaca que não existe um número exato de calorias que devem ser consumidas ao longo do dia, já que essa quantidade varia de acordo com a necessidade do corpo de cada indivíduo e do tipo de atividade que desempenha. Mas, dietas restritivas, geralmente, são um problema.

A origem do efeito sanfona

A nutróloga reforça que uma alimentação baseada apenas em um baixo consumo calórico e com restrições rigorosas pode ser um método difícil de ser sustentado a longo prazo. “Quando o nosso organismo percebe os períodos de escassez de alimentos ele passa a preservar os estoques de gordura, que são essenciais para disposição e energia e isso pode ser perigoso, especialmente por conta do chamado efeito rebote, quando há um ganho de peso considerável logo após o período de restrição alimentar”, explica a Dra. Esthela.

De acordo com a médica, isso ocorre porque as dietas restritivas são feitas por tempo determinado e costumam ser abandonadas depois que o peso desejado é alcançado. O resultado é uma série de alterações metabólicas, que deixam o organismo mais lento devido à falta de nutrientes. Por isso, quando a pessoa volta a sua alimentação de costume, tende a cometer mais excessos e ganhar peso novamente.

Como evitar as dietas restritivas

Conforme a nutróloga, a maneira mais eficaz de evitar o famoso efeito sanfona  é passar por uma reeducação alimentar. “Essa reparação na rotina alimentar deve ocorrer a partir de uma mudança completa de hábitos. Afinal, quando tomamos consciência daquilo que está sendo consumido e do nosso real estado de saúde, passamos a fazer escolhas mais saudáveis e priorizar a qualidade dos alimentos, melhorando não apenas a estética, mas adquirindo mais bem-estar e qualidade de vida”, ressalta a médica.

A especialista cita algumas medidas que, em conjunto, ajudam a evitar o efeito sanfona:

Não exclua grupos alimentares grupos alimentares. Excluir por completo alguns grupos alimentares pode ser uma medida muito drástica, como aponta a Dra. Esthela. “Prefira sempre procurar pelo auxílio de um profissional, ele pode orientar sobre as quantidades ideais de cada grupo alimentar para cada organismo”, orienta.

Fuja de dietas com restrições rigorosas. A especialista reforça que dietas restritivas são insustentáveis a longo prazo, por isso o ideal é mudar os hábitos e apostar em uma reeducação alimentar, tornando as escolhas e relação com a comida mais saudáveis.

Não retome os hábitos anteriores à perda peso. O trabalho de manter uma alimentação saudável não acaba quando você atinge o peso desejado. “Retornar aos hábitos alimentares prévios à perda de peso resultam no retorno dos quilos a mais”, alerta a nutróloga.

“É essencial que esse processo seja feito de forma gradual e sempre com o acompanhamento de um especialista que possa auxiliar quanto às escolhas alimentares ideais e tratamentos complementares para um emagrecimento saudável”, finaliza.

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