Saúde

Estresse pode causar infarto e AVC em pessoas jovens; entenda

Pesquisadores indicam que sobrecarga mental pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

Foto: Shutterstock

Sim, o estresse pode causar infarto. É o que diz um estudo publicado pela revista científica Circulation. De acordo com os pesquisadores, a exposição constante e crônica a situações estressantes e o acúmulo de cortisol, substância liberada pelo organismo em momentos críticos, pode favorecer o desenvolvimento de problemas cardiovasculares – como AVC e infarto –, mesmo em pessoas jovens e saudáveis.  

Para evitar que isso ocorra, primeiro, é necessário entender o que é o estresse e como evitar que situações de tensão virem uma rotina. De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, tudo isso não passa de um mecanismo fisiológico de defesa desenvolvido por nossos ancestrais em tempos remotos.

O estresse funciona como uma espécie de alerta enviado pelo cérebro para o restante do corpo. Faz com que o coração e a respiração acelerem, enviando mais sangue para os músculos e nos deixando prontos para enfrentar situações de perigo e confronto. Porém, com o passar dos séculos e com a evolução da sociedade humana, dificilmente precisamos fugir de animais ferozes e nos prepararmos para a caça.

O problema é que momentos de tensão, como a pressão por resultados, conflitos familiares, medo e ansiedade, continuam ativando mecanismos de defesa e deixando as pessoas em estado de alerta e estresse. Mas, ao contrário dos nossos antepassados, essa carga extra não é liberada em fugas e combates exaustivos. Dessa maneira, o estresse começa a ser acumulado pelo organismo e isso pode se tornar um grave problema.

O confinamento que a pandemia de Covid-19 obrigou as pessoas a realizarem agravou ainda mais esse cenário . Além da quarentena, a ansiedade causada por incertezas e o medo de contrair o vírus, ou perder alguma pessoa querida para a doença, completa o perigoso pacote de estresse.

“Quem não se entristeceu é porque não sente empatia e isso é até preocupante. Vivemos um momento de depressão coletiva. Só não podemos ficar paralisados diante dos problemas. Temos que buscar alternativas porque se não os problemas vão aumentando. Gerenciar o estresse é a saída”, afirma a psicóloga Carine Lopes.

Um guia divulgado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), indica que que a prática de atividades físicas regulares auxilia na prevenção e no enfrentamento do estresse gerado pela pandemia. Segundo a entidade, manter o corpo ativo e cultivar uma alimentação balanceada todos os dias, são as chaves para combater os transtornos psicológicos gerados pelo confinamento.

Transformar o esporte em um refúgio emocional, além de combater o estresse, também é uma ótima maneira de proporcionar inúmeros outros benefícios para a mente e o corpo. “A principal forma de conseguir controlar a crise é desviar a atenção dos sintomas assim que eles aparecem com o objetivo de evitar o agravamento”, completa a também psicóloga, Christiane Valle.

Fonte: Saúde em Dia / OMS / Psicólogas Carine Lopes e Christiane Valle da Zero Barreiras / Revista Veja / Hospital Israelita Albert Einstein

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