Saúde

Por que é tão difícil deixar de consumir a Coca-Cola?

Exemplo de disciplina física, Cristiano Ronaldo incentivou que as pessoas parassem de tomar Coca-Cola na última segunda-feira (14)

Foto: Shutterstock

Principal astro da Seleção de Portugal na Eurocopa, Cristiano Ronaldo deu o maior prejuízo para a Coca-Cola. Ao afastar duas garrafas do refrigerante da mesa, durante uma entrevista coletiva no evento, fez com que a marca tivesse uma desvalorização na Bolsa de Valores, perdendo aproximadamente 4 bilhões de dólares. A atitude do craque ganhou ainda mais repercussão na internet na última terça-feira (15), quando ele anotou duas vezes na vitória portuguesa por 3 a 0 sobre a Hungria.

Indo além da questão financeira, uma questão que precisa ser debatida é: Por que é tão difícil deixar de consumir esse refrigerante? Afinal, todo mundo sabe que não é fácil deixar uma Coca.

A resposta é algo muito mais científico do que um simples agrado no paladar gerado pela bebida. Quem explica é o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito e membro da Federação Europeia de Neurociência: “A Coca-Cola tem ácido fosfórico e cafeína em sua composição, essa combinação tem efeito diurético e faz com que seu corpo acabe eliminando vitaminas e nutrientes”, revela.

Além disso, Abreu conta que o refrigerante possui cafeína em sua composição, “e o excesso deste composto químico potencializa a ansiedade. Sabemos que esta quando não controlada pode trazer malefícios diversos, entre eles a depressão. Pessoas ansiosas que buscam nessa bebida a recompensa pela dopamina que ela proporciona, aumenta mais essa inquietação provocando um ciclo que resultará em prejuízos”.

Outro detalhe que o neurocientista observa é sobre os efeitos da quantidade de açúcar presente na Coca-Cola no cérebro: “A bebida tem muita quantidade dele e seus picos no sangue são responsáveis por sintomas como: alteração de humor, irritabilidade, confusão mental e cansaço”.

Vale lembrar que “o consumo de alimentos ricos em açúcar e carboidratos têm influência negativa sobre os neurotransmissores como a serotonina, responsável pelo humor, está relacionada ao consumo moderado de açúcar. A ingestão exagerada pode prejudicar o funcionamento cerebral acarretando os sintomas da depressão. Além disso, o consumo exagerado de açúcar causa danos nas sinapses do cérebro, prejudicando a conexão neuronal”, completa.

Você também vai gostar

Saúde

Médica nutróloga revelou os efeitos positivos que essa renúncia pode oferecer ao organismo humano

Nutrição

Ambas bebidas podem oferecer alto teor de açúcar

Nutrição

Nutricionista esportivo desvenda os mistérios envolvendo o consumo da bebida

Nutrição

Bebida, quando consumida em excesso, pode provocar diversos prejuízos para o organismo

Sair da versão mobile