Nutrição

Sorvete nem sempre é vilão da dieta; como degustar sem medo

Somente o consumo moderado não causa prejuízo para o atleta

Sorvete - Shutterstock

Sorvete é uma sobremesa feita à base de laticínios e é a “menina dos olhos” da maioria depois da hora do almoço e jantar. Não é, mesmo? Mas, a maior parte dessa iguaria contém açúcar e essa “marca registrada” gera dúvida para o competidor amador ou profissional. Afinal, o sorvete é o vilão da dieta do atleta?

A revelação da especialista

“O sorvete, amplamente apreciado como sobremesa, levanta questões acerca de sua adequação na dieta de atletas. Por se tratar de um alimento rico em açúcares e gorduras. Portanto, ingerir sorvete antes do treino pode causar desconforto gastrointestinal devido à presença de açúcares e gorduras, possivelmente afetando a performance. Mas, após o exercício, a escolha por esse alimento pode não fornecer os nutrientes necessários para recuperação e reparação muscular. Como proteínas, carboidratos complexos e minerais”, disse a nutricionista Sabrina Theil com exclusividade para o Sport Life.

Essa colocação da nutricionista Sabrina enfatizou que o excesso de consumo de sorvete interfere no ganho de peso. E, principalmente, quando está “aliado” aos maus hábitos alimentares. O atleta deve estar atento ao equilíbrio da ingestão calórica com gasto energético, o que vai lhe garantir o peso saudável e a otimização da performance.

“Existem opções mais saudáveis para o pré e pós treino do que os sorvetes. Alguns substitutos recomendados incluem iogurte grego, que oferece proteínas e carboidratos de melhor qualidade; frutas congeladas, ricas em vitaminas e minerais; e smoothies proteicos preparados com whey protein e frutas, fornecendo um equilíbrio adequado de macronutrientes”, sugeriu a nutricionista.

Qual consumo semanal de sorvete que não atrapalha no rendimento esportivo?

Theil argumentou que é inviável determinar a quantidade de sorvete a ser ingerida na semana por conta de vários fatores, alguns exemplos: idade, sexo e peso. O que se deve lembrar é que a apreciação “discreta” dessa iguaria não faz mal para rotina.

“Determinar um consumo semanal específico de sorvete que não interfira no desempenho atlético é complexo, uma vez que isso depende de fatores como idade, peso, sexo, nível de atividade física e objetivos individuais. Entretanto, é possível estabelecer que o consumo moderado, associado a uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, pode ser tolerado sem prejudicar significativamente a performance esportiva”, respondeu.

Dados

A ABIS (Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvete) divulgou em abril de 2022 que o consumo do brasileiro em milhões de litros no ano de 2020 foi de 1.050L. Existem no país mais de 10 mil estabelecimentos “conectados” ao setor e que obtiveram o faturamento acima de R$ 13 bilhões por ano.

O estudo da Kantar citou em novembro de 2019 que a classe C é a “campeã” do consumo de sorvete e as mulheres representam 60%. São Paulo é o Estado que mais compra esse doce fora do domicílio, e a região do Nordeste também demonstrou aumento quanto a essa ingestão.

Quem é ela?

Sabrina Theil é nutricionista com foco em atendimento na área clínica, ênfase em emagrecimento e estética. Também é pós-graduada em Fitoterapia e Nutrição Estética, Nutrição Clínica Funcional e pós-graduanda em Nutrição Esportiva.

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