Começou o verão! Essa época motiva as pessoas a se exercitarem mais e a criarem perspectivas tanto na alimentação quanto na saúde. Em contrapartida, muitos cidadãos partem para base do “achismo” e optam por diversos métodos “sem pé e sem cabeça”. Eis que o especialista Zair Cândido de Oliveira Netto orienta o seu projeto verão 2024 sobre o uso de anabolizantes na sequência.
Diga não ao anabolizante
“Não utiliza. Busca uma alimentação adequada e organizar a rotina de treinos. O uso de anabolizantes não vale o risco em sua saúde. O benefício principal é o aumento da massa muscular e força, porém há complicações colaterais. Não exige quantidade ideal. Qualquer dose tomada já extrapola a produção natural”, disse Zair com exclusividade para o Sport Life.
É o tipo de conselho fundamental principalmente para a pessoa que é usuária assídua da academia e praticante de uma modalidade qualquer, ou seja, é o tipo de produto que tornou-se o “perigo” para quem está inserido no universo esportivo como amador ou profissional.
Os anabolizantes causam diversos prejuízos, que em algumas situações são irreversíveis e não escolhem mulheres ou homens. Os seus danos conhecidos são as alterações no humor, problemas de pressão arterial, fase de crescimento jovens prejudicada, problemas com a pressão arterial e doenças cardiovasculares.
“Hipogonadismo seria um caso para o uso, mas menos de 2% da população masculina sofre desta disfunção portanto não é desculpa para o uso. Mesmo a reposição hormonal acima de 45 anos, deve ser monitorada pois o estímulo com atividade física promove aumento da testosterona em níveis normais”, completa Cândido.
Prejuízos para o corpo
Questionado sobre quais consequências negativas que o deixaram impressionados, Oliveira Netto recordou de um momento sem citar nomes e expôs outros prejuízos para saúde humana.
“Tivemos casos de morte súbita por insuficiência cardíaca em pessoas de baixa idade que faziam uso de anabolizantes e que podem ter contribuído para esse fato. O fígado pode entrar em falência, “abre” portas para a cirrose ou câncer. Por último, podem afetar o cérebro e tornando as pessoas mais agressivas”, garante.
Preocupação de longa data
O terceiro levantamento nacional sobre uso de drogas foi realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parcerias com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), INCA (Instituto Nacional de Câncer) e a Universidade de Princeton, dos Estados Unidos.
Essa experiência forneceu a estimativa de que há no Brasil a preferência do uso de esteroides anabólicos androgênicos (EAA’s) em 31,4% dos homens e 1,15% das mulheres em amostra de 4.607 entrevistados.
Embora não haja atualização recente a respeito desse assunto, surgiu no segundo semestre de 2018 a acusação da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), que o uso de anabolizantes entre o público jovem cresceu em 75% nos últimos cinco anos.
Quem é ele?
Zair Cândido de Oliveira Netto trabalha como coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo e também supervisiona a parte acadêmica da academia “UPX Sports” na cidade de Curitiba. É bacharel em educação física pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e doutor em ciências da saúde na UCAM (Universidad Católica San Antonio de Murcia), na Espanha.