No Brasil, o mais comum é correr fazendo um movimento pendular com os braços. Pois essa técnica de corrida ajuda a impulsionar durante a corrida e, consequentemente, faz com que a energia gasta seja menor.
Contudo, em outros países, como no Quênia (local dos maiores maratonistas e corredores de longa distância, em geral), eles deixam os braços mais colados ao corpo e com as mãos próximas ao peito. Mesmo assim, obtém resultados significativos. Essa não seria então a melhor técnica de corrida?
Eles apenas estão acostumados com essa forma e, segundo o treinador Moacir Marconi “a mudança da técnica a essa altura poderia, inclusive, representar uma perda de tempo, pois eles já estão adaptados com essa mecânica de braço”.
Em longas distâncias, é fundamental economizar energia para manter um bom ritmo durante toda a prova. Assim, a ação dos braços precisa, de fato, ser mais suave e ter menor amplitude.
É claro que você não deve sair correndo com os braços nessa posição descrita sem primeiro passar por uma adaptação. Lembre-se de que você deve estar acostumado ao movimento usado durante as passadas para que o seu resultado melhore. “O movimento do braço serve, também, para ajudar no ritmo da corrida. Por isso, é importante que você esteja acostumado ao estilo escolhido. A forma como os quenianos correm, por exemplo, pode ser considerada mais cômoda para eles, mas isso não significa que é indicada para todos”, comentao treinador Moacir Marconi.
Se você quiser testar, primeiro fique em frente ao espelho e faça o movimento da corrida parado, com os braços na altura do peito e bem próximos ao corpo. Isso vai ajudá-lo a executar corretamente o novo movimento antes de ir para a rua. Mas se você perceber que a tentativa não está surtindo efeito mesmo depois de alguns dias correndo desta forma, volte ao estilo tradicional para que você não perca rendimento.