Os diferentes tipos de distúrbios alimentares estão sempre em pauta pela ciência, ou seja, afetam o coração de maneira diferente. Além disso, o estudo disponível no Journal of Eating Disorders relacionou complicações cardiovasculares com transtornos alimentares.
Veja a relação das complicações cardiovasculares com transtornos alimentares
Esse artigo simplesmente constatou que pessoas com anorexia vivem com o segundo maior risco de mortalidade de todas as condições psiquiátricas. Detalhe que o problema no caso da bulimia é que o vômito excessivo e o uso de laxantes levam a um desequilíbrio eletrolítico, o que aumenta o risco de ritmos cardíacos anormais.
Pessoas com anorexia nervosa estão sujeitas ao risco elevado de anomalias cardíacas estruturais e funcionais, o que inclui aberrações da frequência e ritmo cardíacos, mudanças hemodinâmicas e anomalias vasculares periféricas.
Os transtornos alimentares afetam pessoas de qualquer idade ou sexo, mas ocorrem frequentemente em meninas adolescentes e mulheres na faixa dos 20 anos. Os pais devem estar atentos aos sinais de que alguém está obcecado com seu peso.
Trazer alguém com um distúrbio alimentar de volta a um peso saudável pode resolver as mudanças estruturais no coração causadas pela desnutrição. Ainda assim, esse processo deve ser realizado com cautela e acompanhamento médico.
A palavra da especialista
“A relação entre transtorno alimentar e saúde do coração vem sendo estudada há anos. O coração é gravemente afetado pela perda de peso e pela desnutrição, de forma que quanto mais grave for o distúrbio, maior será a probabilidade de a pessoa ter complicações cardíacas.
O transtorno alimentar envolve questões complexas, afetando e sendo afetado pela saúde mental, mas tem impactos para todo o organismo. Pessoas com anorexia evitam ou restringem severamente os alimentos e podem fazer exercícios incansavelmente.
Pessoas com bulimia geralmente purgam após a compulsão alimentar, vomitando ou usando laxantes ou diuréticos. Algumas pessoas com anorexia também comem compulsivamente”, concluiu a nutróloga Dra. Marcella Garcez.