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Harry Thomas

Apropriação indevida de fotos em corridas de rua

Apesar da falta de violência explícita, o mundinho running não é um mar de rosas

Foto: Arquivo pessoal

O ambiente de corrida é super saudável, é o que sugere, quando participamos de uma corrida e vemos centenas e milhares de pessoas convivendo pacificamente.

Invariavelmente, não é necessário policiamento nas arenas esportivas devido ao baixíssimo índice de criminalidade, seja por brigas, furtos ou roubos. É um ambiente para toda a família, com aquela “vibe” elevada.

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Porém, longe das câmeras e dos olhares alheios, existem práticas que deixam a desejar. Tem aquele corredor que corre sem estar inscrito, o famoso pipoca (mas esse é assunto para outra hora), tem o cortador de caminho, tem o que corre com o número de peito de outrem atrapalhando a classificação seja de tempo ou de colocação de categorias. Assim, apesar da falta de violência explícita, o mundinho running não é um “mar de rosas”.

Com o advento das redes sociais e com a necessidade, digamos, narcisista de exposição, ganha força um novo personagem. O corredor que se apropria indevidamente de imagens de sites de venda de fotos.

O serviço de fotos é feito por empresas ou fotógrafos autônomos que são credenciados para fotografar o evento. O fotógrafo tem um gasto relevante seja de tempo, trabalho ou de investimento em equipamentos fotográficos. Um conjunto profissional de câmera, lentes, cartões, monopé e acessórios chega a custar em média R$ 10.000,00, valor que pode subir exponencialmente a depender da qualidade do equipamento utilizado.

Não bastasse esse custo, o profissional depois de tomar sol, chuva, passar calor ou frio e tirar milhares de fotos, precisa subir as milhares de imagens feitas na corrida.

Enquanto o atleta atravessa o pórtico de chegada, pega sua medalha e vai comemorar, o fotógrafo inicia o segundo tempo de seu trabalho, renomeando os arquivos – normalmente feito de foto a foto – para então subir as imagens no sistema para a posterior e eventual venda.

Eis que surge a figura do usurpador de trabalho alheio, que configura aquele corredor que gostou da sua imagem disponibilizada para venda nos sites de fotografias, e simplesmente faz um Ctrl + C – Ctrl + V da foto, para então postar e mostrar aos amigos nas Redes Sociais sua façanha na corrida.

Segundo fotógrafos que contatei – e que estão indignados com o aumento desta prática – tal atitude nada mais é que usurpação do trabalho alheio. O pior é que vemos vários formadores de opinião no mundo running utilizando de tais práticas.

O povo que quer se livrar de políticos corruptos deve começar a fazer sua lição de casa primeiro.

Escrito por

Harry Thomas Jr. tem 50 anos e é corredor maratonista desde 1995. Já completou 27 maratonas, sendo três sub 3h, além de duas ultratrails. Pioneiro no Brasil na criação de sites especializados em corridas de rua, é colunista e blogueiro da Sport Life Brasil.

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