A principal mudança no Furacão é o abandono da estratégia adotada nas duas últimas temporadas, quando disputou o Estadual com um time praticamente de juniores e priorizou uma pré-temporada mais longa para o time principal. Deu muito certo no primeiro ano, quando o furacão “voou” no segundo semestre e a maioria de seus concorrentes sentia o desgaste de um campeonato longo e desgastante como o Brasileirão.
No ano passado, porém, o efeito não foi o mesmo. Para piorar, parte da torcida não gostou muito de ver um time enfraquecido no Paranazão. Assim, desta vez, o Rubronegro começou a temporada com uma equipe montada para disputar todas as competições com a mesma força e os reforços foram apresentados já no início do ano. Na verdade, a grande novidade foi a renovação com o atacante Walter, que chegou a ser dado certo como reforço do Sport. O craque, enfim, exibe uma silhueta mais atlética e tem tudo para ser o diferencial do time.
Na parte ofensiva, a mais criticada no ano passado, ganhou ainda André Lima, artilheiro do Avaí no ano passado, e Anderson Lopes, emprestado pelo Tombense-MG. Uma opção promissora por ali é o jovem Giovanny. Ewandro também pode aparecer bem durante a competição. Enfim, são oito jogadores com a missão de balançar as redes. Mas, para isso, a bola precisa chegar. No meio, Vinicius, ex-Fluminense, conquistou seu espaço sem muito alarde, enquanto Marcos Guilherme continua com seus lampejos de genialidade e uma certa irregularidade. O meia canhoto Nikão também continua na equipe. Na proteção à zaga, os volantes Deivid e Otávio ainda são as melhores opções.
No setor defensivo também houve mudanças. Os zagueiros Paulo André e, além do lateral Pará, ex-Cruzeiro, são as maiores novidades. Mas no miolo da zaga a disputa inclui ainda o prata da casa Cleberson, Léo Pereira e Ricardo Silva. No gol, Weverton segue absoluto.
Não é um elenco dos sonhos, mas se conseguir pensar a longo prazo pode dar certo, especialmente se Paulo Autuori, que assumiu em março, for mantido.