A Macaca vai para sua quarta participação na Série A nesta década e cada vez mais se consolida como a quinta força do futebol paulista. Na temporada passada, a equipe campineira fez uma campanha concisa, terminando o campeonato na 11ª colocação, à frente de camisas pesadas e de orçamentos superiores como Flamengo, Fluminense e Vasco. Sedentos pela conquista de um título, torcida e diretoria esperam que o time continue sua evolução gradual, de modo que o grande propósito não seja apenas permanecer na elite, mas também brigar por postos mais altos na tabela de classificação.
Contudo, o elenco não conseguiu manter a sua base em relação ao ano passado. Não que isso seja um grande problema, afinal, as agremiações do interior já estão acostumadas com o desmanche de um ano para outro. Com condições financeiras desiguais, fica difícil segurar o assédio dos clubes mais tradicionais em cima de seus jogadores. Assim, a Ponte acabou perdendo algumas peças fundamentais como o goleiro Marcelo Lomba (retornou para o Bahia), o lateral Rodinei (foi para o Flamengo) e o atacante Biro Biro (Shanghai Shenxin, da China).
Quem também saiu, mas que não irá deixar saudades pelos lados do Moisés Lucarelli é o centroavante Borges. Contratado para ser o grande matador ponte-pretano, o ex-camisa 9 sofreu com a parte física e atuou em apenas 21 jogos da temporada, nos quais anotou modestos seis gols. Para seu lugar, a aposta é em outro centroavante experiente e de grande rodagem pelo futebol brasileiro: Wellington Paulista. Além dele, outros nomes conhecidos também desembarcaram em Campinas. Com passagens pelo Palmeiras, o volante João Vitor deve ser titular ao longo da temporada, assim como Rhayner, atacante rápido que teve sucesso no Vitória e também já defendeu as cores do Fluminense.
Na zaga, o remanescente e não menos rodado Fábio Ferreira deve ser o dono do setor. Diante de tanta experiência, a Ponte Preta pode se aproveitar do momento de reajuste de alguns dos grandes e novamente emplacar uma boa campanha.