Toda primeira sexta-feira do mês de agosto, em mais de 50 países, é celebrado o Dia Internacional da Cerveja. Criado em 2007 por um grupo de amigos americanos da cidade de Santa Cruz, na Califórnia, a data coincide com o início do verão americano. De lá para cá a comemoração ganhou adeptos ao redor do mundo e continua sendo um pretexto a mais para abrir uma gelada e celebrar a vida. Por aqui a bebida é uma recompensa merecida para quem treina pesado – quem corre sabe que muita gente adora beber depois de uma prova ou treino para relaxar. Entretanto, há muita polêmica envolvida no seu consumo: ouve-se que a gelada estimula o crescimento da gordura abdominal, que pode ser prejudicial para saúde, entre outras questões.
A nutricionista Dra. Andrea Zaccaro, mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC e membro fundadora e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), afirma que a bebida é uma substância de baixa caloria e faz parte da dieta do homem desde a antiguidade. “Se consumida moderadamente, ela pode fazer parte de um estilo de vida balanceado já que, como o vinho, contém antioxidantes e algumas vitaminas e minerais, provenientes dos cereais como milho, arroz, trigo e do lúpulo”, diz Andrea. Ufa, menos mal!
Confira 5 verdades sobre a cerveja, segundo a nutricionista, para aliviar a consciência – e o corpo – de quem quer manter um estilo de vida saudável, sem abrir mão da bebida.
5 verdades sobre a cerveja
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1.A cerveja é uma bebida de baixa caloria:
Uma cerveja de 350 ml tem cerca de 120 calorias e possui compostos que podem contribuir para à saúde, como os antioxidantes e o baixo teor alcoólico, por exemplo. Quanto maior o teor alcóolico, mais calórica será a cerveja – cada grama de álcool é equivalente a 7 kcal. Ou seja, uma cerveja puro malte pode conter um teor alcoólico maior, e acabar sendo mais calórica do que uma cerveja de milho, por exemplo. Se comparada com outras bebidas, como o vinho, a cerveja pode ser considerada uma bebida de baixa caloria. Foto: Getty Images
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2.A qualidade da bebida independe da quantidade de ingredientes dispostos no rótulo:A qualidade nutricional da cerveja está relacionada à gama de nutrientes que ela fornece e não necessariamente à quantidade de ingredientes dispostos no rótulo. Uma cerveja pode ser boa sendo feita com muito mais do que água, malte e lúpulo, por exemplo. E ela pode ser feita com arroz, trigo, milho, frutas vermelhas e até mel, que podem agregar outros nutrientes a sua composição. Foto: Getty Images
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3.Cerveja não dá barriga:
Esse é o mito mais famoso que existe sobre a cerveja, mas a ciência já comprovou que, se consumida com moderação, a cerveja não é a responsável pelo aumento de peso nem de gordura abdominal. Estudos mostraram que o que engorda não é a cerveja em si, mas sim o seu consumo em excesso ou o consumo exagerado de alimentos gordurosos como acompanhamento, os famosos tira-gostos, que são frequentemente combinados com a bebida.
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4. A bebida contém antioxidantes que podem contribuir para a saúde:A cerveja é produzida a partir de ingredientes naturais, entre eles o lúpulo, que além de conferir o amargor característico da bebida oferece uma boa quantidade de antioxidantes, substâncias com potencial de impedir a formação dos radicais livres ou bloquear sua atuação prejudicial no organismo. Foto: Getty Images
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5. A gelada pode diminuir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares:Muitos estudos mostram que, ao contrário dos efeitos negativos causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o consumo moderado produz efeitos positivos sobre a capacidade antioxidante, o perfil lipídico e o sistema de coagulação, que se refletem em menor risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, entre outras, reduzindo a mortalidade geral. A cerveja está entre as bebidas cujo consumo moderado pode ser benéfico, mas é importante frisar que, de acordo com os estudos, o efeito benéfico se dá apenas e tão-somente com o consumo moderado, ou seja, se até uma dose por dia para mulheres (350 mL) e duas doses para homens (700 mL).
Texto: Amanda Preto | Edição: Leonardo Guerino/ Colaborador