Depois de voltar à Série A em 2011, ano em que fez sua melhor campanha na era dos pontos corridos com 20 clubes, o Coxa tem lutado mais contra um novo rebaixamento do que por objetivos mais condizentes com um campeão nacional. E o pior é que sempre começa com times bons no papel, mas que dentro de campo acabam não correspondendo às expectativas.
Na atual temporada o script do Coritiba até aqui é o mesmo: elenco promissor e boa campanha no Estadual (o que, infelizmente, não é um parâmetro confiável). A torcida, porém, espera que no momento em que a bola rolar no Brasileirão o roteiro mude e o conturbado ambiente político do clube, que predominou no ano passado e prejudicou o time em campo, seja esquecido. No entanto, a diretoria do Coxa ainda luta para por as finanças em dia.
A fraca campanha de 2015 e o descontentamento de muitos jogadores com atrasos de salários motivaram um desmanche do elenco. Por outro lado, boa parte dos que saíram não agradavam a torcida e ficaram nomes importantes como o atacante Kléber, que faz um grande início de temporada e é um dos principais artilheiros do país neste ano, e o lateral Juan, contestado em outras épocas mas que tem atuado no meio-campo e parece ter reencontrado seu melhor futebol.
O atacante Leandro é outro que espera voltar a brilhar, após passagens apagadas por Palmeiras e Santos. Tem a missão de substituir Henrique Almeida, principal goleador do time em 2016. No gol, Wilson ganhou a sombra de Elisson, enquanto na zaga o experiente Rafael Marques e o paraguaio Cesar Benítez devem fazer uma dura disputa com Luccas Claro, Walisson Maia e Juninho. Ou seja, pintou uma defesa das mais sólidas. O meio-campo tem destaques como o paraguaio Cáceres e Dudu, revelado pelo clube e de volta após passar por clubes com Chapecoense e Criciúma.
Se não é um elenco que faz o olho do torcedor brilhar, tem potencial para dar liga se conseguir entrosamento, algo que depende muito do treinador. Por enquanto, essa missão está nas mãos de Gilson Kleina.