Se há algo claro como a luz é que a gravidez muda o corpo da mulher: ela ganha peso, o centro de gravidade se altera e as juntas acabam ficando mais frouxas. Mas não é apenas isso, pois ela muda também o modo como a mulher se movimenta ao caminhar ou correr.
Estudo publicado há 7 anos na revista BMC Pregnancy and Childbirth revelou que, à medida que a gravidez avança, a passada da corredora fica mais instável. Ou seja, fica mais ampla e mais curta, quase como se ela bamboleasse. Outro estudo, apresentado em um encontro de medicina esportiva, mostrou que algumas dessas alterações permanecem depois que a mulher dá à luz o filho. Por exemplo, como a pelve, que é levada para frente à medida que a gravidez avança.
“A gravidez e o trabalho de parto afrouxam os músculos e o tecido conjuntivo do abdômen, o que acaba contribuindo para que a pelve fique mais instável. A menos que a mulher fortaleça essa musculatura, o afrouxamento pode permanecer por um bom tempo”, diz Bryan Heiderschei, do Centro de Corrida Natural (EUA).
Segundo ele, fazer os tradicionais abdominais não ajudaram a fortalecer essa musculatura, pois esses exercícios não acionam a musculatura profunda. O melhor seria investir em trazer a barriga para cima diversas vezes ou tentar imaginar que está tentando “prender” o xixi, segundo Bryan. Outra dica do especialista: ao invés dos tradicionais abdominais, faça pranchas, agachamentos e pontes, que ajudarão a estabilizar a área pélvica.
Outro ponto para as corredoras é encurtar a passada em cerca de 10%. No entanto, a dica mais importante ainda é ficar sempre atenta aos sinais que o seu corpo dá. Se depois do parto você voltar a correr e sentir dores nas costas ou quadril, reduza o ritmo e procure um especialista.