Esporte

Mineirinho indica pranchas de surf para iniciantes, intermediários e avançados

O ídolo das ondas Adriano de Souza deu dicas para quem quer ingressar nessa modalidade

Adriano com a sua prancha de surf. Foto: Marcelo Maragni- Red Bull Content Pool

O Brasil pode ser considerado o país do surf. O extenso litoral brasileiro o credencia a sediar etapas da WSL (Liga Mundial de Surf). Ao mesmo tempo, desperta dúvidas para quem quer pegar uma onda, exemplo: quais os modelos de pranchas recomendados para iniciantes, intermediários e avançados?

Conheça os modelos de pranchas para cada nível no surf

Iniciante

“A primeira coisa que eu vejo, que seria ideal para quem está iniciando a surfar seria com uma prancha grande, larga e grossa. Porque vai dar estabilidade, vai ser mais fácil de entrar na onda e vai ser fácil de ficar em pé. Então, todos esses princípios seriam mais fáceis”, disse o surfista Adriano de Souza, o “Mineirinho”, com exclusividade para o Sport Life.

Intermediário

Essa já é a categoria que lhe permite entender que se você ficar muito em cima da água, há muito volume e precisa encontrar o equilíbrio onde a prancha entre na água e você tenha a facilidade de fazer a troca de borda.

“Então, quando você tiver essa facilidade aí realmente é o ponto de ser estudado da litragem e do tamanho. Exatamente é aí que nós vamos começar a trabalhar específico para o seu desenvolvimento. Cada pessoa tem o seu tamanho de pé e isso deve ser estudado conforme a largura da prancha para que o teu pé fique em uma estabilidade no meio da prancha tanto no meio quanto na rabeta”, completa o Mineirinho.

Caminho para o avançado

“A prancha tem que ser desenvolvida específica para você. Quando você está no nível intermediário já consegue correr a onda e manobrar. Só que vai começar a estudar o ponto de evolução do teu surf”, detalha Adriano.

Conselho para o seu início no surf

Quer encontrar o esporte que vai te desafiar constantemente? O surf é boa alternativa, isto é, não é uma habilidade que “nasce” com toque de mágica e requer perseverança após uma sucessão de falhas.

“O único conselho que eu dou é que o surf demora para pegar a felicidade que vai trazer para você. Muitas vezes, outros esportes são um pouco mais rápidos, como tênis e futebol. Você se encanta logo porque é um pouco mais fácil. Às vezes, o surf no dia que você iniciou não estava com as ondas legais, o dia estava chovendo e o vento estava a apertar e forte”, aconselhou.

“Então, todas essas variações da natureza interferem na qualidade da onda. Por isso que o surf você tem que ir várias vezes para você perceber todo esse ambiente. O dia que você pegar um dia clássico, conseguir surfar e performar bem tenho certeza que você nunca mais vai parar de surfar”, concluiu Souza.

Carreira

Adriano de Souza nasceu em 13 de fevereiro de 1987 no município do Guarujá (SP). O Mineirinho tornou-se o primeiro campeão do WSL (World Surf League) em 2015, que até o ano de 2014 era chamado de ASP (Associação dos Surfistas Profissionais).

A buzina soou para o fim da bateria da semifinal de Pipe Masters em Pipeline, no Havaí, em 17 de dezembro de 2015. Assim, Adriano venceu a “batalha” acirrada com o havaiano Maison Ho e obteve o prêmio máximo da modalidade. Mick Fanning e Gabriel Medina poderiam levar o troféu, mas Adriano foi até a final, ganhou, “levou” também a etapa e o status de ser o primeiro brasileiro a vencer o Pipe Masters.

Outra curiosidade da carreira do Mineirinho é o retrospecto contra o estadunidense Kelly Slater. Souza foi o que mais ganhou de Kelly em baterias com 11 vitórias das 15 vezes em que mediram forças. A temporada de 2021 foi a última do Adriano.

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