O peso na balança não significa nada em termos de saúde. É fundamental sabermos a composição do nosso corpo; o quanto temos de gordura e também de massa muscular. Isso porque a perda de peso em que se perde massa muscular não é um emagrecimento saudável, independente da idade.
O idoso, por exemplo, perde naturalmente massa muscular com o envelhecimento, ao mesmo tempo em que ganha um acúmulo de gordura na região da barriga. O que, por sua vez, aumenta as chances de infarto e AVC.
A médica endocrinologista, Dra. Gabriela Iervolino, lembra que o tecido muscular é considerado um órgão metabólico também, e portanto é responsável por liberar alguns hormônios benéficos para o organismo. Além disso, ele protege os ossos, dá equilíbrio e acelera o metabolismo para pessoas de qualquer idade.
Como manter a quantidade certa de massa muscular?
O primeiro passo é calcular o mínimo de proteína que uma pessoa precisa ingerir diariamente – cálculo feito com base no peso. ”Porém, é quase impossível atingir a quantidade ideal de proteína diária pela alimentação. Por isso é preciso saber o quanto é consumido para, em muitos casos, usar suplementos proteicos”, alerta a especialista.
“Quando não ingerimos uma boa quantidade de proteína, ao menos o suficiente, não conseguimos manter uma massa muscular boa”, completa. De acordo com ela, o tipo de atividade física praticada é outro ponto muito importante.
“Quando se faz um exercício com menos repetições tendemos a ganhar massa muscular, mas se praticamos exercícios com mais repetições ganhamos muito mais resistência nos músculos, além de perder peso”, explica. O exame de bioimpedância é uma ótima maneira de avaliar se aquilo que você está fazendo está dando resultado positivo, aponta a médica.
Fortalecendo os músculos na academia
Outra coisa importante, e que as pessoas não sabem, é que o exercício de musculação antes do aeróbico inibe uma proteína que diminui o crescimento do músculo. “Por isso é essencial começar pelo aquecimento, no próprio aparelho, com uma carga menor. Depois passe para os exercícios de musculação de fato, e finalize com os aeróbicos para queimar gordura”, explica a Dra. Gabriela.
Já faz parte do senso comum a narrativa que prega 5 dias de exercícios por semana como o ideal. Porém, segundo a endocrinologista, o correto é que se comece com uma frequência mais baixa para se criar uma rotina, e depois ir aumentando a frequência de acordo com a capacidade de cada um. Afinal, é melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada.
“Vale lembrar que 1kg de gordura é diferente de 1kg de músculo. O peso pode ser o mesmo, porém a gordura tem muito mais volume, ocupando assim mais espaço em nosso organismo que o músculo”, finaliza.