Basta entrar no corredor de bebidas do supermercado para perceber a inúmera quantidade de marcas nas gôndolas. Ao ler os rótulos, nos deparamos com suco, néctar, refresco… Afinal, qual é o mais saudável para consumo? Franciele Viezzer, consultora nutricional da Famiglia Zanlorenzi, explica cada um, as diferenças entre o trio e sugere qual deles é a melhor opção.
Suco
Não fermentado, é obtido da fruta madura, ou de parte dela. É processado e tratado para assegurar sua conservação até o momento do consumo. Ele pode ser adoçado, desde que seja informado no rótulo. “O suco também não é diluído em água e possui quatro versões: tropical, integral, reconstituído e desidratado. Em todos eles, é proibida a adição de aromas e corantes artificiais”, aponta Franciele.
Tipos de suco
Tropical: os sucos tropicais são bebidas obtidas pela dissolução em água potável da polpa de fruta de origem tropical. “Os sucos de açaí, cupuaçu e manga são alguns sucos tropicais obtidos dessa forma”, exemplifica a nutricionista. Já os sucos de caju, maracujá e abacaxi devem ser obtidos sem dissolução em água. Os teores de polpas de frutas utilizados na elaboração do suco tropical são maiores que os do néctar, que costuma ter em sua composição 20% ou 30% de polpa.
Integral: é a única versão industrializada que se apresenta na concentração 100% original de suco extraído da fruta, sem adição de água e açúcar. No rótulo, você pode reconhecê-lo como “suco integral”.
Desidratado: é suco no estado sólido, obtido pela desidratação do suco integra. A bebida em pó só pode ser considerada suco se não contiver aromatizantes químicos. Por isso, fique de olho nos rótulos para ver se o produto realmente está livre dessas substâncias.
Reconstituído: obtido com a hidratação do suco concentrado ou desidratado. “Ele deve manter os teores nutricionais de sólidos solúveis originais do suco integral ou o teor de sólidos solúveis”, completa Franciele.
Néctar
Não fermentado, o néctar é diluído na água potável da parte comestível da fruta ou do seu extrato. “A diferença básica é que o néctar não precisa conservar todas as características originais de um suco natural de fruta”, aponta a nutricionista. De acordo com a legislação, o néctar deve conter, no mínimo, 30% da polpa de seu sabor, exceto quando a fruta possui um teor de acidez, ou de polpa ou de sabor muito forte ou elevado. Nestes casos, a quantidade deve ser de 20%. E atenção: para o néctar, é permitida a adição de açúcar.
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Refresco
Essa versão é fabricada da mesma forma do néctar: diluída em água potável, suco, polpa ou extrato da fruta, com ou sem adição de açúcares. A diferença é que ele possui menos polpa do que o néctar, em torno de 10% a 20%. Existem sabores que contêm um percentual até menor: o refresco de limão, por exemplo, possui apenas 5%. Além disso, a bebida pode conter corantes e aromatizantes.
O mais saudável
Do ponto de vista nutricional, os sucos são mais ricos do que os néctares e refrescos, que possuem quantidades menores da fruta em sua composição. Dessa forma, quanto menor a quantidade de fruta na bebida, menor será a sua qualidade nutricional. “Para produzir uma bebida de boa qualidade, é preciso que a matéria-prima utilizada também tenha essa característica. Não importa quão bom seja o processo, se ele iniciar com uma fruta de qualidade ruim, o suco ou néctar produzido será de baixa qualidade”, esclarece Franciele. Uma dica é: além de ficar de olho na validade do produto, escolha uma marca de sua confiança e procure saber mais sobre o processo de produção e seleção utilizado pela empresa.