A palavra superação hoje em dia ganhou uma certa aura enviesada, muitas vezes usada equivocadamente. Atualmente lemos muito nas redes sociais histórias de corredores que não treinaram direito ou estavam lesionados irem a trancos e barrancos até o final da prova e postarem depois sua medalha com a palavra superação.
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Superação, no meu entender, foi o feito da corredora Anelive Costadura Torres que sofreu um grave acidente na USP amplamente divulgado na grande mídia há um ano atrás enquanto treinava para sua primeira maratona. Um motorista bêbado a atropelou, junto com uma amiga e um senhor que acabou falecendo. Ela teve cinco dos oito ligamentos do joelho rompidos e fratura nas duas fíbulas. Não conseguia mais andar. Passou por três cirurgias, um longo processo de reabilitação incluindo horas de fisioterapia, mas em nenhum momento parou de sorrir e confiar que um dia voltaria a correr. Esse dia chegou e com recorde pessoal para os 21 km na W21 Asics, quando cruzou a linha de chegada com 1h53min, pulando e inteira.
Isso sim é superação.
