O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo seu imenso litoral, ou seja, essa área de norte a sul ajuda uma pessoa a pegar uma onda profissionalmente ou por diversão. Nesse sentido, o Sport Life conversou com a surfista Tatiana Weston-Webb e, também, com os surfistas Miguel Pupo, Caio Ibelli e Adriano de Souza, o “Mineirinho”, e Pedro Scooby, que revelaram as suas praias favoritas no Brasil.
As melhores praias de surf do Brasil com a opinião dos atletas
Saquarema (RJ)
Saquarema é conhecida popularmente como a “Meca do surf”. Esse município situado na Região dos Lagos do Estado fluminense mantém como seu “cartão postal” a Praia de Itaúna, que está no calendário da WSL (World Surf League) para etapa do Mundial de 2023 de 23 de junho até 1 de julho. Itaúna acontece com variedade de tamanhos de ondas de até 3m e ainda facilita a prática do bodyboard.
“Brasil é o país muito rico em praias, com ondas que são maravilhosas para os surfistas. Então, fica difícil escolher, mas gosto muito da onda de Saquarema. Já tive a oportunidade de surfar e praticar algumas vezes nessa onda. Além disso, também é o palco da etapa do Brasil no Championship Tour da WSL. Então, considero como a praia muito boa, com um swell (conjunto de ondas marinhas lisas e uniformes) incrível para os surfistas praticarem e competirem”, disse Tati Weston com exclusividade para o Sport Life.
Cacimba do Padre (PE)
Essa praia está localizada no arquipélago Fernando de Noronha, que pertence ao Estado pernambucano. Esse local é famoso graças a sua enorme faixa de areia, mar limpo, que chega a ser “bravo” de dezembro até março. Cacimba do Padre é mais um “point” no roteiro dos amantes do surf.
“Outra praia que eu amo. Quando está bom é uma das melhores ondas do Brasil”, admitiu Pedro Scooby em bate-papo exclusivo para o Sport Life.
“É o lugar apaixonante. A ilha, as pessoas e a onda em si. Tenho boas memórias toda vez que eu vou lá. Sem dúvida, é o lugar que sinto muita falta de visitar mais vezes. Então, esse é o meu lugar favorito do planeta”, garantiu Pupo em contato com a reportagem do Sport Life.
Pitangueiras (SP)
Pitangueiras encontra-se na região central do município paulista Guarujá e entre as praias Astúrias e Enseada. As águas claras dessa praia tornam a prática do surf como excelente e, principalmente, no seu canto esquerdo onde há boas ondas. A sua extensão é de 1,8 km.
“É o lugar onde eu aprendi a surfar, que eu volto depois de todo evento e me sinto em casa. Então, Pitangueiras é um dos lugares mais constantes do Brasil, com ondas todos os dias, todas as marés, ventos e altas performances. Muito legal”, opinou Ibelli em entrevista para o Sport Life.
Onda “gorda”
O Mineirinho não citou apenas um lugar como cativante, isto é, fez uma recomendação no geral com base na onda “gorda”, conhecida como as ondas que não oferecem situações de adversidades.
“São aquelas ondas que não têm muito perigo. Ela não é uma onda que quebra rápido e quebra mais lento. Isso faz com que o aprendizado seja mais rápido para aquelas pessoas que estão iniciando e são intermediários. Porque vai ter facilidade em tempo hábil para você manobrar e a onda vai te aguardar. Enquanto você surfar em uma onda perigosa, rápida e tubular, não te dá chance de você agir. Então, por isso que é mais difícil surfar”, explicou Adriano.
Prainha (RJ)
Essa área fica lá no fim da Praia do Recreio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. É o local que encanta qualquer um pela sua beleza, pequena faixa de areia e os seus morros cobertos pela Mata Atlântica. Há 150m de faixa de areia, 700m de extensão, areia clara e manancial de água doce na Prainha.
“Para mim, é uma das praias mais bonitas do Brasil, que quebra em todas as condições e tem onda desde os dias pequenos até os dias maiores. Há variedade de direção grande. Então, é um lugar que é muito constante de onda”, comentou Scooby.
Quem são eles?
Tatiana Weston-Webb, de 26 anos, representa a América do Sul no WSL, mundial em que ficou em quarto lugar em 2022 e parou nas oitavas de final nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Os seus principais títulos são Women’s US Open of Surfing (2016) em Huntington Beach, nos Estados Unidos, e Boost Mobile Margaret River Pro (2021), em Margaret River, na Austrália.
Miguel Pupo está com 31 anos e desde 2012 participa da WSL. Anteriormente, estava na divisão WQS e conquistou os títulos do Nike Lowers Pro, O’Neill Coldwater Classic Santa Cruz, ambos no ano de 2011 em San Clemente e Santa Cruz, na Califórnia, nos Estados Unidos, respectivamente. Também levantou o “caneco” do Hang Loose Fernando de Noronha Pro (2012) e São Paulo Open Surfing, na cidade de Maresias, em 2015.
Caio Ibelli, de 29 anos, “faturou” o título do Hainan Classic, em Wanning, na China, na temporada de 2015. Caio sagrou-se campeão da WQS dessa temporada e desde 2016 está na ativa na disputa da WSL.
Adriano de Souza já está com 36 anos e encerrou o seu ciclo como profissional no ano de 2021. O Mineirinho ostenta a fama de ser o primeiro campeão do WSL em 2015, que até o ano de 2014 era intitulado como ASP (Associação dos Surfistas Profissionais).
Pedro Henrique Mota Vianna, ou simplesmente “Scooby”, de 34 anos, é surfista e considerado como uma das referências do freesurfer com os prêmios de melhor da categoria pela Revista Alma Surf, em 2012, e o melhor tubo pela Revista Fluir já no ano de 2012 após o seu swell no Taiti.
Entre várias campanhas de publicidade e aparições na mídia, Pedro destacou-se nos realities “Exathlon”, da Band, com prêmio de vice-campeão, e o seu quinto lugar no BBB (Big Brother Brasil) no ano de 2022.