Virna dedicou 24 anos da sua vida como jogadora de vôlei, época em que ficou conhecida como “musa” dessa modalidade e pela parceria com técnico Bernardinho na Seleção Brasileira. Além desses históricos, ela esbanja vitalidade nas redes sociais após 13 anos da sua aposentadoria das quadras e há aquela curiosidade: como mantém a forma aos 51 anos?
REVELAÇÃO
“A vida do atleta proporciona uma consciência física e nutricional que são essenciais para manter a boa forma. Eu frequento a academia com personal trainer e faço pilates. Eu sempre me preocupei com saúde e quando parei de jogar profissionalmente tive de redobrar a atenção”, declarou Virna com exclusividade para o SportLife.
Atualmente como palestrante do grupo Insperiência, engana-se quem pensa que Virna tem apenas o vôlei como sua atividade física favorita. A ex-camisa 10 do Brasil divide-se entre o Beach Tênis, academia de musculação e horas de pedaladas. Até a artrose no joelho e hérnia de disco adquirida na coluna por conta do overtraining nos tempos de Seleção não param a ex-jogadora.
Outro fato que Virna considera essencial para o bom funcionamento do seu corpo é a alimentação. Existe no seu cardápio a exclusão daquilo que é feito com farinha branca, açúcar e de bebida alcoólica durante a semana. Sem nenhum tipo de restrição alimentar, ainda prefere comer carne vermelha e frutos do mar em quantidades pequenas.
“Eu sou uma pessoa vaidosa e gosto de cuidar do corpo e da saúde. Mantenho minha rotina de exercício para não perder o condicionamento físico. Não posso fazer exercícios de alto impacto, pois me prejudica. O esporte hoje é preventivo para que eu não tenha dores no joelho e na coluna. Nesse sentido, faço como forma de terapia contra as dores e como lazer. Me alimento bastante com carboidrato de alimentos, que tenham raiz. A mudança de hábito é necessária já que a partir de uma certa idade o metabolismo fica mais lento”, disse.
SAÚDE COM EMPREENDERISMO
Agora a ídolo do vôlei nacional juntou-se a ex-jogadora de vôlei de praia Juliana Silva para equipe de investidores da Fix It. Essa start-up está no mercado desde 2017 e atua no planejamento cirúrgico, guias cirúrgicos e suprimentos hospitalares. A sua aposta é a substituição do gesso com tela imobilizadora ortopédica feita com produtos biodegradáveis.
“A parceria com a Fix It vem a somar com o meu trabalho de atleta e incentivadora de soluções práticas e democráticas”, garantiu Virna. “Os atletas e pessoas, que têm atividade física constante, terão com a tela imobilizadora maior conforto e segurança de um tratamento eficaz quando surgir uma lesão ou fratura”, afirmou Juliana.
Sendo assim, com a chegada da dupla Virna e Juliana, a Fix It pretende em longo prazo se aproximar do universo dos atletas. Além disso, outros fatos conquistados na sua trajetória recente foram as parcerias desenvolvidas com o Hospital Israelita Albert Einstein e a Unimed do Rio de Grande do Sul.
CARREIRA NO VÔLEI
Tetracampeã do Grand Prix (1994,1996, 1998 e 2004), vencedora dos jogos pan-americanos (1999), vice-campeã mundial (1994) e duas vezes medalhista de bronze em olimpíadas (1996 e 2000) com o Brasil, Virna é “autoridade” para falar do atual momento da Seleção, que considera de mudanças e de surpresas.
“A Seleção Brasileira de Vôlei vive uma fase de renovação. Eu percebo que a equipe vem se superando e alcançando posição importante para a disputa em uma Olimpíada”, analisou.
Outra semelhança da trajetória de Virna com atual elenco do técnico José Roberto Guimarães é o retrospecto de “quase” em Mundiais. Afinal, o Brasil perdeu para Sérvia por 3 sets a 0 (26 x 24 / 25 x 22 e 25 x 17) na final do Mundial de 2022 e amargou o seu quarto vice na história desse torneio. Virna opinou sobre essa campanha recente das brasileiras nos Países Baixos e fez previsão.
“Tecnicamente, as equipes da Itália e Sérvia destacam-se no cenário mundial. Contudo, com a volta de algumas jogadoras importantes, o Brasil poderá brigar pela medalha de ouro na próxima Olimpíada de Paris”, concluiu.