A técnica veio da Alemanha para o Brasil, mas ficou mais conhecida depois que atletas e famosas como Bruna Marquezine e Giovanna Ewbank apareceram nas redes sociais praticando exercícios vestindo um colete cheio de eletrodos e fios — provocando curiosidade do público. Para que a eletroestimulação muscular (EMS) seja realizada é necessário usar o colete ligado a um aparelho que emite uma corrente de baixa frequência e movimenta cerca de 300 músculos ao mesmo tempo. A EMS consegue trazer resultados em menor tempo, desde que seja aliada à prática de outros exercícios.
Dados apresentados por pesquisadores da Universidade de Borgonha, na França, mostram que eletroestimulação muscular na recuperação de atletas e pacientes tetraplégicos resultou em ganho de força, massa muscular e até da capacidade de saltar em atletas de alto rendimento e de agilidade nos chutes em jogadores de futebol. Mas os estímulos não agem sozinhos no fortalecimento muscular e não dispensam a prática de atividade física.
Quem pode usar?
Quem já pratica exercícios, portanto, pode se beneficiar ainda mais com a eletroestimulação muscular, melhorando assim o rendimento e a performance nos esportes e outras atividades. A EMS também é um auxílio para pessoas que não podem praticar atividade de alto impacto. “Durante 20 minutos, o aluno realiza movimentos de baixo impacto enquanto utiliza um colete de neoprene ligado à Miha, a máquina que libera os impulsos elétricos. São trabalhados cerca de 300 músculos simultaneamente, com mais de 40 mil contrações musculares, equivalendo a, pelo menos, 1h30 de treinos convencionais”, informa o professor de educação física e personal trainer Márcio Vasconcelos, proprietário do Active Pulse, em Niterói (RJ).
Miha bodytec é o nome da tecnologia desenvolvida na Alemanha, composta pelo aparelho que emite os impulsos elétricos e pelo macacão que deve ser vestido colado ao corpo — ali são conectados os eletrodos.
Entre os benefícios da eletroestimulação muscular, Márcio cita a redução de gordura abdominal e visceral, tonificação muscular global, redução de dores nas costas, redução de celulite, melhora dos sintomas da menopausa e fortalecimento do assoalho pélvico. Porém, a técnica não é recomendada para qualquer pessoa. “Uma pequena parcela de pessoas não pode fazer o treino de estimulação muscular. Entre elas, estão as que utilizam marca-passo; pessoas com problemas neurológicos graves, como epilepsia; quem tem doenças tumorais ativas e pessoas com tuberculose”, afirma o personal trainer. O treino também não é indicado para grávidas.
Utilizar a eletroestimulação muscular de maneira certa
O ideal é buscar locais certificados e profissionais capacitados para se submeter à EMS. Procure também consultar um médico e o profissional de educação física que já acompanha seus treinos para incluir a EMS dentro de um programa adequado. A técnica não pode ser realizada todos os dias e o recomendado é não realizar treinos intensos no mesmo dia em que fizer as atividades com eletroestimulação muscular, uma vez que os músculos precisam de tempo para se recuperar.
“O maior benefício da EMS está na otimização de tempo e na eficiência de resultados em relação às atividades convencionais. A desvantagem é que essa atividade não pode ser realizada todos os dias”, destaca o personal Márcio Vasconcelos.