Correr é uma das melhores atividades para a saúde. Só pelo fato de se exercitar e deixar o sedentarismo de lado já é muito importante. No entanto, tudo em excesso faz mal: até mesmo água e até mesmo a atividade física.
Quem exagera na frequência e carga dos treinos ao correr, muitas vezes movido pela empolgação, pode acabar prejudicando seriamente a saúde.
Segundo o educador físico Joaquim Ferrari, existe uma carga ótima de corrida que deve ser respeitada. Essa carga é calculada em função do lastro, ou seja, toda a frequência de treinos realizada anteriormente. “Sempre que o corredor cruza esse limite o excesso começa a se manifestar de diferentes formas. Esse estado recebe o nome de overtraining. Entre os sintomas estão a insônia, lesões osteoarticulares como distensões, tendinites, fraturas por estresse e cansaço permanente, que não desaparece com o descanso habitual”, explica.
Correr demais e não respeitar as próprias limitações também pode fazer com que o corredor se sinta mal durante os treinos e competições. Não são raros os casos de atletas que desmaiam durante provas, principalmente as de longas distância. A progressão no esporte deve ser lenta e gradual, nunca aumentando repentinamente a velocidade e quilometragem às quais o corredor está adaptado.
Incluir outras atividades na rotina, como musculação e yoga, é uma opção válida para amenizar os efeitos da corrida e fortalecer a musculatura, protegendo ainda mais o atleta. O acompanhamento médico, dias de descanso respeitados, alimentação adequada e hidratação também são medidas básicas e obrigatórias para quem deseja manter a saúde e o bom desempenho aliados ao esporte.
A corrida, assim como qualquer atividade física, é benéfica à saúde física e psicológica, mas deve ser incorporada à rotina de forma equilibrada. Assim o atleta pode manter o bom desempenho e ter uma vida longa no esporte.