O mês de março é colorido por azul marinho, ou seja, nesta segunda-feira (27) é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal. Trata-se do tipo de doença que pode atingir tantos os homens quanto as mulheres. Nesse sentido, o médico oncologista Dr. Wesley Pereira cita o exercício físico como prevenção ao câncer colorretal.
A ênfase do exercício físico no Março Azul Marinho
“Exercício físico é extremamente importante a diversos tipos de câncer, como câncer de intestino. Por que? Aumenta o funcionamento do sistema imunológico, ajuda a reduzir a inflamação crônica sistêmica, combate a obesidade, e, especificamente, ao câncer de intestino ajuda na aceleração do trânsito intestinal. Facilita na eliminação de gases, fezes fundamentalmente e ajudando a reduzir o risco de câncer”, disse o Dr. Wesley com exclusividade ao Sport Life.
Basta fazer a opção pela modalidade que lhe agrada para se prevenir ao câncer colorretal. Portanto, não é o tipo de exercício que vai atuar nesse combate, mas a regularidade dessa prática. As recomendações são para que se exercite de forma moderada por 150 minutos na semana ou 75 minutos de maneira intensa nesse período de sete dias.
O bom rendimento esportivo também está associado com alimentação adequada. Alimentos in natura, como verduras, legumes, fibras, arroz e feijão aceleram o trânsito do intestino. Assim, a pessoa terá menos tempo de contato das fezes com outras substâncias tóxicas diretamente com a mucosa do intestino. O trânsito acelerado intestinal é o fator “protetor” contra esse câncer.
O veto recai para alimentos ultra processados. “Servem como fator de risco para esse desenvolvimento de câncer porque têm nitrito e nitrato nas suas composições, que em contato com a mucosa do intestino levam a mutações genéticas”, explica o médico.
Curiosidades
O INCA comunicou em 2022 que são constatados mais de 41 mil novos casos ao ano. Câncer colorretal está no “Top 3” dos tipos de cânceres comuns no Brasil atrás do de próstata e de mama. Há estimativa do risco de 4% de uma pessoa desenvolver ao longo da vida, geralmente o diagnóstico ocorre antes da doença se espalhar para outros órgãos e a cura é possível para maioria.
Outro dado é que 90% desses casos de câncer ocorrem por conta da obesidade, sedentarismo, tabagismo, excesso de álcool, além de uma dieta precária como foi citada anteriormente.
A colonoscopia é o exame com intuito de diminuir a possibilidade do câncer colorretal, exemplo: remove pólipos, que são as lesões iniciais e “turbinam” o risco. Vários estudos apontam que houve casos desse tipo de câncer com pessoas abaixo de 45 anos de idade, fato que moveu as sociedades médicas a recomendarem a colonoscopia para pessoas a partir dessa faixa etária (45).
“Para o paciente de alto risco, com histórico familiar, deve ser feito (colonoscopia) dez anos antes do caso mais ‘jovem’ da família. Para quem já tem as doenças inflamatórias intestinais vai começar essa rotina”, explica o médico.
Dados
Outra acusação do INCA é de que existe a expectativa de 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Os destaques são as regiões Sul e Sudeste, que atraem cerca de 70% da incidência. As informações estão disponíveis por meio da publicação “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, lançada pelo próprio instituto.
Já a pesquisa da Bayer em parceria com a consultoria IQVIA relatou em 2021 que apenas 17% das pessoas conhecem o fator de risco para o câncer colorretal. Outro acréscimo desse trabalho é a garantia de 73% dos entrevistados. Que em vez de irem ao médico preferem buscar informações sobre a doença na web.