Parte integrada na vida das pessoas, o celular proporciona agilidade na troca de informação e otimiza o dia-a-dia desde tarefas simples, até mesmo ser guiado pelo GPS. Mas existem situações em que usar o celular pode ser um empecilho, por exemplo na hora de fazer exercícios – atividades que requerem maior foco e concentração.
Um estudo publicado na revista “Performance Enhancement & Health”, aponta que ficar no celular durante o treino compromete o equilíbrio e a estabilidade em até 45%, o que favorece lesões, quedas, entre outros tipos de acidentes.
Com a ajuda do personal trainer e educador físico Tauan Gomes, da X-Concept, elencamos quatro maneiras em que ficar conectado ao aparelho afeta diretamente nos treinos.
1) Atrapalha o desempenho
O celular pode facilitar muito na academia se usado com sabedoria durante os treinos, mas, na maioria das vezes, é utilizado de maneira incorreta. Exemplo: Ao se conectar com o eletrônico, facilmente o foco, que é a musculação, é tirado.
Consequência disso é a desconcentração, que pode desencadear lesões e, futuramente, frustrações por falta de resultado dos exercícios e desmotivação por excesso de tempo no treino. Além disso, corre o risco de atrapalhar diretamente o treino de quem estiver por perto.
Assim, Tauan orienta. “O importante é não perder o foco do treino. O celular pode ser um aliado na hora do treinamento, aos atletas mais dedicados, pois permite o uso de aplicativos como “timer”, ouvir músicas, dicas dentre outros benefícios. No entanto, pode prejudicar o rendimento por conta da distração pelo mau uso do equipamento eletrônico”, disse.
2) Aumenta as chances de se machucar devido a desconcentração
“Exato, quanto maior a distração duração de um treino maior serão as chances de cair, tropeçar, esbarrar em alguém ou em algum aparelho”, pontua o treinador.
3) Diminui a intensidade do treino e os benefícios dos exercícios
A principal finalidade de uma pausa entre as séries dos exercícios, de acordo com o personal, é permitir que o corpo se recupere o suficiente antes de iniciar a próxima série, sem perder o ritmo ou diminuir a intensidade da atividade.
Mas, em caso do indivíduo ultrapassar o tempo de descanso, por ter se perdido no celular, Tauan pontua que “quando há um intervalo maior do que o planejado, isso pode alterar os estímulos elaborados para o treino e, consequentemente, os benefícios dos exercícios físicos serão diminuídos. Exemplo: para um atleta que visa o desenvolvimento muscular, é preciso sobrecarga e descanso adequado. Intervalos grandes podem diminuir os ganhos e causar lesão local devido ao encurtamento das fibras”.
4) Quebra de ritmo
Para finalizar, Tauan pontua que usar o celular também afeta no ritmo dos treinos, exemplo: “uma pessoa que começa muito bem, fazendo o número de repetições no tempo certo, ao se distrair no aparelho, facilmente pode perder o interesse em continuar malhando”, frisa.
“Entenda que o corpo é como uma máquina que precisa de combustível, manutenção, aquecer, esfriar no tempo exato para permanecer em alta performance”, finalizou.