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Aprenda a correr de costas para gastar mais calorias

Que tal tentar voltar no tempo e correr de costas? Técnica aumenta a coordenação, o equilíbrio e queima mais calorias

Correr de costas: técnica eleva o gasto de calorias
Foto: Shutterstock

Loucura? Doideira? Nada disso! Correr de costas pode ser muito bom para quem está querendo emagrecer. Além disso, possibilita uma melhora no desenvolvimento do ritmo, da consciência espacial, da lateralidade, do equilíbrio e da coordenação, ajudando não apenas a corrida. Se animou com a possibilidade? Então, confira nossas dicas!

“A corrida de costas pode ser encarada como um complemento para o futebol e o tênis, esportes que usam muitos deslocamentos para trás durante a partida. Em relação à corrida, ela ajuda a desenvolver equilíbrio muscular, o que favorece a coordenação e o controle corporal”, diz Renato Dutra, diretor da Tribo em Forma.

“Quando você faz apenas movimentos para frente, você mostra ao músculo o que ele já está acostumado a fazer. Quando fazemos o oposto, no entanto, aplicamos uma atividade que requer melhor e maior organização neuromuscular do corpo”, diz Pablo Galletto, professor de educação física.

Gasto calórico extra

Mais uma boa notícia: correr de costas gasta 15% mais calorias do que a corrida com a qual você está acostumado. “Por ser uma atividade mecanicamente inusual, ela demanda mais força e recruta vários grupos musculares que não estão acostumados a trabalhar intensamente, fazendo com que ocorra maior gasto de energia”, ressalta Galletto. A prática melhora, ainda, as condições cardiovasculares, como mostrou pesquisa feita pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). Segundo o estudo, o movimento para trás feito com o auxílio de bicicletas ergométricas e elípticos faz com que a pessoa ganhe, também, melhores condições cardiovasculares quando comparado a indivíduos que realizam o movimento para frente.

Assim como a corrida “para frente”, correr de costas trabalha bastante as coxas. “A musculatura do quadríceps é trabalhada com mais intensidade porque ela passa a agir como propulsora. Já a panturrilha, os posteriores da coxa e os glúteos agem como estabilizadores, inversamente ao que ocorre na corrida”, ensina Dutra.

Além disso, as articulações dos joelhos são menos comprimidas, já que a distribuição do impacto da pisada acontece de forma diferente. “Os pés tocam o solo principalmente com a ponta. Dessa forma, o joelho fica semi-flexionado e o quadril tem um movimento harmonioso, o que não ocorre durante a corrida tradicional”, garante Galletto.

Benefícios à parte, é preciso um certo cuidado e atenção na hora de começar a praticar. “Quando se começa a exe­cutar a corrida de costas, é comum que o praticante sofra várias ‘quedas controladas’, relativas ao deslocamento do seu centro de gravidade para trás”, alerta Galleto.

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