Connect with us

O que você está procurando?

Nutrição

Dia do chocolate: quais são seus benefícios e malefícios?

Neurocientista Fabiano de Abreu aproveita o Dia Mundial do Chocolate para mostrar como ele atua em nosso cérebro

Dia do chocolate: quais são seus benefícios e malefícios?
Foto: Shutterstock

O chocolate é um dos alimentos mais apreciados e consumidos no mundo. Associado a sentimentos e momentos felizes ou de conforto são poucas as pessoas que não gostam ou recusam um quadradinho de chocolate. Falando das suas propriedades em homenagem ao 7 de Julho, dia mundial do chocolate, o PhD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu elucida-nos.

“Quando falamos em chocolate no meio científico o conectamos a coisas boas em sua grande maioria. Contudo, quando em excesso é algo que se torna prejudicial. Mas é inevitável não pensar em flavonoides e, no meu caso, pensar em memória”, inicia.

“Os flavonoides ou bioflavonoides são compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Eles podem ser encontrados no chá preto, suco de laranja, vinho tinto, chocolate, morango, frutos secos, café, brócolis, açaí, chá verde, alho, soja, framboesas e alguns outros alimentos. Alimentos ricos em flavonoides, reduzem em até quatro vezes o risco de desenvolver Alzheimer e outras demências.
Os flavonoides trazem benefícios para a saúde do coração e podem aumentar a quantidade de sangue presente no giro denteado do hipocampo, sistema límbico do cérebro. Essa região do cérebro é particularmente afetada pelo envelhecimento e está relacionada com o processo de transformação de memória de curta para longa duração”. conta Fabiano, que também possui especialização em nutrição clínica.

O chocolate quando consumido corretamente e moderadamente pode trazer diversos benefícios.

“O consumo de chocolate já comprovou ser eficaz no ganho nas funções cognitivas e também no efeito do humor. Levando em consideração que o processo de armazenamento de memória envolve a emoção e a serotonina torna a aprendizagem mais eficiente, além de ser um neurotransmissor relacionado à felicidade, que quando em baixa é o responsável pela depressão, logo percebemos a importância do chocolate neste processo de memorização. “, explica o neurocientista.

Como nos refere Abreu, “Níveis mais altos de serotonina elevam a eficácia na aprendizagem e o chocolate, mais especificamente nas sementes do cacau, tem a presença do aminoácido triptofano, que sintetiza a serotonina. Inclusive, este neurotransmissor tem relações com a ansiedade, já que atua no cérebro regulando-a. Baixos níveis desta molécula podem causar aumento de ansiedade e levar à depressão”, avaliou.

Mas os benefícios e a sua lista podem ainda ser alargados.

“Há também no chocolate a teobromina, um não seletivo da fosfodiesterase (PDE); é um alcalóide da família das metilxantinas, da qual também fazem parte a teofilina e a cafeína. Ela pode ser útil no tratamento da fadiga e hipotensão ortostática. Além de ser um estimulante no processo de memorização. Mas não para por aí, o chocolate também influencia na liberação da dopamina, famoso neurotransmissor da recompensa que, na falta dele, aumenta a ansiedade em busca de sua liberação”, refere.

Contudo, nem tudo é bom. Há regras para o seu consumo para potencializar os benefícios e reduzir os malefícios.  

“Mas nem tudo são mil maravilhas. Chocolate em excesso faz mal, não só pela liberação deste neurotransmissor dopamina que é viciante, pedindo para que coma mais chocolate, mas também pela gordura e o açúcar que além do envolvimento dessas substâncias com a dopamina, também há a relação com a diabetes e aumento de peso. O recomendado são chocolates amargos acima de 70% de concentração de cacau”, ressalva.

Para finalizar, Abreu explica como devemos consumir este alimento muitas vezes difícil de regrar: “Minha dica: Chocolate meio amargo com moderação, 70% cacau e se puder, que tenha frutos secos em pedaços. Que tenha uma quantidade de açúcar inferior a 10g e que seja consumido cerca de 10 a 15 gramas por dia. Há também no chocolate proteína, cálcio, ferro, entre outras substâncias que interferem em nossos neurotransmissores e hormônios. O cálcio, por exemplo, ajuda a controlar o nervosismo. O sódio, por sua vez, estudos indicam que tem impacto negativo, quando consumido em excesso, nas células endoteliais dentro dos vasos sanguíneos cerebrais. Não dá para ser perfeito também”, finalizou.

Escrito por

Advertisement

Últimas Noticias

Saúde

Hábitos diários fazem a diferença nessa proposta

Fitness

Entenda como algumas simples atitudes podem acelerar a conquista dos objetivos

Nutrição

Práticas, nutritivas e que vão te auxiliar no duro processo de hipertrofia

Nutrição

São os ajustes necessários para o bem-estar diário

Nutrição

São opções que se encaixam a qualquer hora do dia

Nutrição

Essas são as opções que garantem uma refeição equilibrada

Advertisement

Você também vai gostar

Nutrição

É mais um tipo de doce que precisa ser consumido com moderação

Nutrição

Alimento costuma estar em alta principalmente na época de Páscoa

Nutrição

Ao mesmo tempo, esse tipo de celebração conscientiza os “chocólotras” de plantão

Nutrição

As mulheres são mais dependentes do açúcar do que os homens, mas sabia que essa vontade pode ser apenas um pedido por compensação?