Alguns praticantes de corrida preferem a esteira às ruas. Porém, essa opção precisa ser tomada com muito cuidado para que você não sofra com possíveis lesões.
Vale lembrar que a esteira é menos agressiva que o asfalto, composto de várias camadas duríssimas. Os pisos com maior grau de absorção são, por exemplo, a grama e a areia, mas atenção, porque nem tudo são vantagens. A areia tem um grau de absorção exagerado, que leva ao afundamento da pisada e, portanto, a um maior gasto energético e sobrecarga muscular. E na grama há perda de tração. Um piso equilibrado é o de terra.
1. Com certeza você já escutou que a esteira deve estar um pouquinho inclinada para que a corrida indoor fique mais parecida com a outdoor. Você sabe por quê? Há duas razões: o movimento da própria esteira “agarra” o seu pé de apoio e o leva para trás mais rápido do que o que acontece na rua e o fator vento contra não existe, a considerar a partir de certa velocidade. A primeira característica implica mais exigência dos músculos da parte dianteira da perna, por isso, há quem tenha tendinite do tibial anterior ao correr na esteira.
2. O movimento para trás da esteira produz uma maior extensão dos joelhos, alongando levemente os isquiotibiais. Isso implica inibição dos quadríceps, que não trabalham tanto e perdem força.
3. A esteira leva a perna para trás, uma tarefa normalmente feita pelos glúteos, e exige uma recuperação mais rápida da perna, para iniciar uma nova passada. Isso significa uma maior exigência dos flexores do quadril e uma inibição do trabalho do glúteo. Se você não tem força suficiente na zona abdominal para segurar bem o quadril no lugar, essa sobreatividade dos flexores do quadril pode girar a pelve para frente, aumentando o arco da lombar e produzindo dor nas costas.