Muitos nem se dão conta quando o prazer proporcionado pela comida se converte em um perigoso instrumento para compensar as frustrações da vida. Aquela bomba de chocolate ajudaria a esquecer o emprego desagradável ou o término de um relacionamento. Com tudo isso, torna-se mais nítida a importância de se encarar a comida de uma nova forma: pensar magro.
Parece difícil de acreditar, mas, a nível do inconsciente, comer pode se transformar até mesmo em objeto de autoflagelação: “Muitos indivíduos compulsivos também sofrem de depressão, ansiedade e outros transtornos psíquicos. A maioria dos comedores compulsivos possui uma baixa autoestima. No íntimo, alguns acreditam que não merecem o amor de ninguém, porque não fazem nada direito e se negam o direito à felicidade e ao sucesso. A autoestima e autoimagem estão tão comprometidas que a busca do prazer atua na sua polaridade oposta, ou seja, a da autodestruição”, diz o psiquiatra Leonard Verea.
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Assim, no objetivo de enxugar os quilos excedentes, o conselho dos especialistas é procurar um nutricionista – para elaborar um cardápio mais saudável – e uma academia – exercitar-se também é pré-requisito. Entretanto, é igualmente importante mudar padrões de pensamento equivocados – o que, para alguns, vai exigir acompanhamento psicológico.
Portanto, se você já está pensando em apelar para dietas milagrosas e radicais que prometem o corpo dos sonhos em questão de dias, cuidado! Além de muitos desses métodos serem furados, sem uma nova mentalidade é bem possível que a forma física não se mantenha por muito tempo. No fim das contas, não basta apenas estar magro: também é preciso pensar magro.
Texto: Larissa Tomazini – Edição: Victor Santos
Consultorias: Leonard Verea, psiquiatra; Virgínia Aquino, psicóloga