Fazer exercício após ser vacinado – contra gripe ou Covid-19 –, talvez, seja uma ótima alternativa para potencializar a resposta imune do seu organismo. Ao menos foi o que indicou um estudo publicado pela revista científica Brain, Behavior, and Immunity.
De acordo com os pesquisadores, realizar 90 minutos de atividade física – como caminhar, correr ou passear de bicicleta – logo após receber vacinas contra gripe ou Covid-19, pode melhorar o efeito dos imunizantes. E, para completar, não foi observado nenhum aumento ou agravamento de possíveis efeitos colaterais.
Para descobrir que fazer exercício após ser vacinado pode aumentar a resposta imune, os estudiosos analisaram os anticorpos de 70 pessoas e, aproximadamente, 80 camundongos que receberam injeções de imunizantes da gripe e da Covid-19 (Pfizer). E descobriu-se, então, que aqueles que realizaram atividades físicas tiveram uma resposta melhor do que os não ativos.
Os resultados da pesquisa ainda são preliminares e é necessário testar um número maior de pessoas para que seja estabelecida uma conclusão mais concreta. No entanto, os dados reforçam a ideia de que pessoas fisicamente ativas possuem uma melhor resposta aos imunizantes da gripe e da Covid-19.
Portanto, fazer exercício após ser vacinado e manter-se longe do sedentarismo são atitudes benéficas para a saúde e que podem melhorar a defesa do organismo. “Pessoas que praticam regularmente atividade física tendem a ter uma melhor resposta à vacinação, tanto a resposta celular quanto a produção de anticorpos. E isso potencialmente estaria associado a uma maior eficácia e efetividade das diferentes vacinas”, explica o médico infectologista, Dr. Victor Bertollo.
“Quando a gente observa a função imune e o risco de adoecimento de pessoas fragilizadas, como idosos e pessoas com doenças crônicas, percebemos que pessoas com alta aptidão física adoecem menos e têm melhor imunidade. Por outro lado, se a pessoa tiver uma baixa aptidão física, levar uma vida sedentária e começar a fazer atividade, a imunidade dela melhora e o risco de adoecimento cai rapidamente. Então, o ideal é que se esteja fisicamente ativo, independente do momento”, completa Paulo Gentil, doutor em ciências da saúde.
Fontes: The New York Times; Dr. Victor Bertollo, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília e Paulo Gentil, doutor em ciências da saúde.