A queixa feminina quanto a dificuldade de ganhar massa magra é recorrente em espaços de musculação. A diferença entre homens e mulheres é tão simples quanto óbvia: a fisiologia e a forma como o organismo recebe o treino é diferente.
A educadora física e nutricionista Sue Lasmar, conhecida também por ser musa fitness, explica que a produção de testosterona, essencial para o processo, é de 10 a 15 vezes menor nas mulheres em comparação com os homens. “Os hormônios e a forma como são direcionados influenciam diretamente em como a gordura corporal, a retenção de líquido e o desenvolvimento de massa magra irão acontecer”, comenta.
Essas particularidades, contudo, não significam que o processo de hipertrofia feminina é impossível, apenas que pode ser mais demorado. “Mesmo quando a praticante segue a rotina de treinos e a dieta corretamente, a comparação em relação ao parceiro ou aos colegas homens acontece. Pois, elas tendem a não visualizar o desenvolvimento de músculos de forma tão expressiva quanto os homens”, diz.
A fisiologia não é impeditiva. Por isso, Sue garante que com o acompanhamento para otimizar o perfil hormonal, redefinição da dieta conforme o objetivo e respeito aos limites dos treinos são suficientes para melhorar o desempenho e a estética. “A hipertrofia feminina tem especificidades, mas quando construída com foco e dedicação pode alcançar resultados ainda melhores do que o dos homens. O segredo é não medir sua evolução pela régua dos outros”, alerta.
Na alimentação, Sue Lasmar recomenda uma boa ingestão de proteínas, visto que elas são responsáveis pela construção muscular. “Apesar do medo que carboidratos causam devido à fama de aumento de peso, eles são necessários para que o corpo não tenha déficit calórico. A preferência é pelos carboidratos de baixo índice glicêmico durante o dia e de alta glicemia no pós-treinos”, comenta.