Menopausa é o nome que se dá à última menstruação e sinaliza o fim do período fértil da mulher. Muita gente, porém, passa por uma fase chamada de climatério, que é a transição até chegar a menopausa e, durante esse tempo, várias modificações podem ocorrer no corpo. Para passar por essas mudanças de maneira mais tranquila, a ginecologista Elaine Mallmann, da Clínica Leger, esclarece 5 dúvidas sobre o assunto:
- Início do processo
Entre os 45 e 55 anos é a fase mais comum. “A menopausa também pode surgir em outros períodos, manifestando a queda ou a redução hormonal de forma mais precoce”, destaca Elaine.
2. O que acontece com a queda nos hormônios
A menopausa é reconhecida só depois que se passam 12 meses da sua ocorrência, pois na fase do climatério a menstruação pode ser irregular – é o período em que a produção de hormônios cai. “O estradiol, principal hormônio feminino, tem uma função protetora da saúde da mulher, pois evita o surgimento de doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral. Considerando que essas doenças são a principal causa de morte entre mulheres (mais do que qualquer tipo de câncer), a perda dessa proteção é um fator relevante, especialmente com o aumento na expectativa de vida que fez com que a mulher passasse a viver no mínimo um terço da vida após a menopausa”, explica a ginecologista. O hormônio feminino também reduz a perda de massa óssea que acontece com o avanço da idade, e ajuda a manter o viço da pele e dos cabelos, além de ser importante para o desejo sexual.
3. Mudanças físicas
Menos hormônios também é sinônimo de mais facilidade para engordar. Quem tem excesso de peso tende a ter mais ganho de gordura na fase de transição para a menopausa. Por isso, a ginecologista indica controlar o peso antes mesmo desse período começar. “A prática de atividade física regular, além de ajudar a controlar o peso, tem um efeito benéfico sobre os sintomas, assim como a mudança de hábitos, como parar de fumar e reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas”.
4. Repor ou não os hormônios
“Existem duas situações em que a menopausa necessita ser tratada: quando ela acontece cedo demais ou quando é acompanhada de sintomas tão intensos que interferem na qualidade de vida. O tratamento mais efetivo é a reposição dos mesmos hormônios que estão insuficientes – a chamada reposição hormonal”, revela Elaine. Esse tipo de tratamento é indicado pelo médico após uma avaliação cuidadosa e individual, pois há diferentes tipos de reposição e é necessário investigar os riscos que ela pode provocar. Sintomas como ondas de calor, perda de massa óssea, perda de libido, alterações no sono, ressecamento vaginal e flutuações de humor conseguem ser amenizados com os hormônios sintéticos.
5. Nem todo mundo pode repor
A avaliação médica aprofundada é indispensável antes de começar o tratamento com reposição de hormônios na menopausa principalmente porque algumas mulheres não podem realizá-lo. É o caso de quem tem câncer de mama, doenças precursoras desse tipo de câncer ou familiares com a doença; pacientes com risco aumentado para trombose ou com doença cardíaca; pacientes fumantes ou com outras condições menos comuns. “Nessas situações, podem ser usados medicamentos sem efeito hormonal, que agem diretamente sobre o sistema nervoso central, diminuindo os fogachos e melhorando o sono e o humor”, encerrou a ginecologista.