Óculos escuros são um charme, não há o que contestar. Mas imaginar que eles são até capazes de melhorar o rendimento no esporte deixa muita gente desconfiada. Proteger os olhos dá mais segurança em qualquer atividade física, e algumas tecnologias implantadas no acessório ajudam, e muito, a vida de quem pratica esportes.
O formato do acessório voltado aos esportistas apresenta diferenças quando comparado àqueles usados nas ruas. Um exemplo: os modelos são mais fechados nas laterais para prendê-lo ao rosto, evitando sua queda. “É importante que as armações sejam voltadas a cada modalidade esportiva e que tenham proteções laterais e com formato específico para o que dela se exige. As lentes também devem ter espessura e filtros adequados a cada situação”, avalia Marinho Jorge Scarpi, professor do programa de pós-graduação em Oftamologia e pesquisa em Oftalmologia Esportiva da Unifesp.
Por exemplo: uma boa lente permite ao ciclista ter muito mais controle da bike, pois ele terá mais noção do que há pela frente se não sofrer com reflexos que podem atrapalham a sua visão. Mais: ele terá muito mais segurança, pois estará protegido de pequenos objetos que podem atingir o globo ocular. Mesmo quem joga algum esporte de praia, caso do vôlei ou do futebol, e principalmente que envolve uma bola, como o squash, não deve prescindir do óculos, já que, dependendo da velocidade com que a bolinha atinge o olho, ela pode mesmo deslocar ou explodir o globo ocular.
Acessório versátil
Um triatleta passa por momentos, ambientes e situações diferentes, o que significa que roupas e acessórios mudam de acordo com a modalidade da vez (bike, corrida ou natação). A alternativa das marcas de óculos esportivos foi criar modelos que se adaptassem às diferentes situações e, consequentemente, ajudassem os atletas.
Para os esportistas, a troca de lentes também é uma boa pedida para ganhar mais proteção de acordo com as condições do tempo. Skatistas, ciclistas e/ou praticantes de qualquer modalidade que exija velocidade e a cabeça fique protegida têm a opção de óculos que se acomodam ao capacete.
Visão de qualidade
Comprar um óculos qualquer, dizem os especialistas, é pôr em risco a sua visão e o seu bem-estar. “Desequilíbrios” como enjoo e dor de cabeça podem ser decorrentes de um produto de má qualidade ou até defeituoso.
Um óculos de sol também deve proporcionar uma visão uniforme. As lentes polarizadas foram uma das tecnologias criadas para resolver o problema do brilho extra que por vezes “emana” de um objeto, ajudando “horrores” ciclistas, quem pratica esportes na praia e até corredores. O filtro polarizador “alinha” a luz que sai dos objetos e torna horizontais as quem provêm de superfícies como água e o próprio chão. Quando se usa polarização oposta àquela da luz proveniente, anula-se aquele efeito de “brilho” sem que se perca a nitidez da imagem. As lentes polarizadas são um fator de segurança, pois ajudam a evitar acidentes por eliminar o brilho ofuscante e os reflexos.
Atletas de visão
Quem tem astigmatismo, miopia ou hipermetropia e pratica esportes não precisa ficar preocupado, pois as marcas dão a opção de adaptar as lentes de grau em armações de modelos esportivos.
Para todos os tipos de rosto
Mais do que pensar nos atletas que têm problemas de visão como miopia, muitas marcas também investiram em tecnologias cujo resultado são óculos que se adaptam a qualquer formato de rosto, garantindo que qualquer esportista tenha conforto.
Luz e ação
Esportistas ficam muito tempo ao ar livre e se expõem bastante ao sol, por isso, é necessário que os óculos ofereçam proteção aos raios ultravioleta, que, além da pele, também agridem bastante os olhos.
Segundo o oftalmologista Scarpi, os raios UV, de todos os tipos, provocam degeneração dos teci- dos oculares, causando a formação de catarata e degeneração da retina no longo prazo. “O ideal é que as lentes possuam filtros para os raios UVA e UVB, além de proteção também nas laterais”, indica o oftalmologista. Isso é oferecido pelas principais fabricantes de óculos esportivos. Outro ponto importante é que a intensidade da luz solar varia em alguns locais, como nas montanhas e em altitudes elevadas.