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Ex-jogador comenta sua luta contra a balança: “Foi muito complicado”

O ex-pivô e agora treinador também trabalha para que outros brasileiros ganhem chances no basquetebol europeu

Paulão Prestes
Paulão Prestes em jogo com Bayern de Munique. Foto: Divulgação/Bayern de Munique

Não são apenas os profissionais atléticos que se destacam no esporte, ou seja, há aqueles que chamam atenção pela sua técnica com seu condicionamento físico diferente da visão estereotipada. Quem vivenciou essa situação foi o ex-jogador de basquete e técnico do sub-19 do Bayern de Munique, Paulão Prestes, de 35 anos, que lembrou da batalha contra a balança na sua época de jogador.

A luta constante do Paulão Prestes fora com o peso

“O peso sempre foi o problema durante toda minha carreira. Tive que fazer vários programas de educação alimentar. Sempre foi muito complicado. Eu fiz um trabalho muito bom no começo quando cheguei em Franca (SP), mas não foi nada especial. Hoje me vejo em melhor forma do que quando eu jogava”, disse Paulão em entrevista exclusiva para o Sport Life.

A época citada por Prestes foi a 2013/14 quando representava o atual SESI/Franca Basquete. O então atleta aceitou a dieta sugerida pela comissão técnica do clube, perdeu 6kg e se destacou no NBB (Novo Basquete Brasil) junto com o time do técnico Lula Ferreira, atual supervisor do time francano, com médias de 18 pontos e nove rebotes por jogo.

Esse plano alimentar também passou pela renúncia ao biscoito e refrigerante. Os seus seis anos de moradia na Alemanha o incentivaram ao estilo de vida saudável e, principalmente, por fazer parte da turma de orientadores da categoria de base do Bayern de Munique.

“A cultura alemã é muito saudável. Não conheço tantos países que são saudáveis igual aqui. Me adaptei bem. Ainda mais agora como técnico, que passo mais tempo no ginásio do que na minha casa”, admitiu o profissional.

Carreira nas quatro linhas

Nascido em 15 de fevereiro de 1988 na cidade de Monte Aprazível (SP), Paulão Prestes iniciou em um projeto de time de base de Garça (SP), depois rumou para o COC-SP e depois de única temporada no time de Ribeirão Preto (SP) conseguiu ser a 45ª escolha do draft da NBA de 2010 pelo Minnesota Timberwolves, equipe em que disputou a Liga de Verão.

Paulão depois rumou para Europa com passagens pelos clubes espanhóis Unicaja, Rincón Axarquía, UCAM Murcia, C B Granada, Gran Canaria e no time lituano Pieno Zvaigzdes. Além do SESI/Franca Basquete, Prestes atuou no NBB por UniCEUB-DF, Mogi das Cruzes (SP), Paulistano e na Seleção Brasileira, que “levou” a medalha de ouro do Sul-Americano de 2006.

“Sem dúvidas (Franca Basquete, time que mais se identificou na sua trajetória do NBB). Eu não me arrependo da minha decisão de sair e tenho família. Me motivou financeiramente pela situação que Franca estava passando, mas se tivesse uma oferta que fosse segura não teria mudado. Haviam vários atrasos de salários. A nível profissional foi a pior decisão que tomei na minha carreira. A minha época em Franca me devolveu a minha paixão pelo basquete. Me identifiquei com a cidade, que foi uma coisa incrível. O único time brasileiro que eu acompanho os jogos é o Franca. Assim que eu tiver uma oportunidade, eu vou voltar para Franca”, declarou Paulão.

O início de Paulão Prestes com a prancheta

A sua ida para Alemanha se deu por conta de um processo cirúrgico, momento em que Paulão foi aconselhado por um médico a não voltar a jogar devido a umas correções. Dessa forma, esse atestado o moveu para uma série de cursos e capacitações pelo continente europeu, ciclo que o credenciou para o cargo de treinador.

“Eu comecei a trabalhar em uma academia por aqui (Alemanha) de formação de vários atletas e estive na Espanha. Eu comecei a gostar dessa parte. Nós fizemos vários jogos contra o Bayern, que eles gostaram muito do meu trabalho e há três anos fizeram o convite”, relembrou Prestes.

Os seus objetivos ainda estão relacionados com o basquetebol nacional, isto é, quer valorizar o seu tempo em Munique para “abrir portas” aos jogadores e técnicos brasileiros tanto no cenário europeu quanto ao internacional.

“O basquete brasileiro tem um material incrível para se trabalhar, mas acho que nós temos que qualificar melhor. Temos vários técnicos bons, mas temos que conhecer o que está sendo feito fora do Brasil. A Europa é o berço do basquete. Nos Estados Unidos, nós falamos de nível físico. A Europa está anos luz à frente de qualquer lugar no nível tático. O meu principal objetivo é mostrar que o Brasil tem uma matéria-prima incrível. Mostrar que pode competir no nível ofensivo e tático. A gente precisa fazer um trabalho melhor na base”, argumentou.

O atual momento da Seleção Brasileira

“Trabalho complicado de reformulação. Processo difícil. Nós vimos muitos jogadores, que se aposentaram. Temos bons jogadores em seus clubes brasileiros e outros crescendo na Europa. Trabalho difícil de analisar por dois anos. É um time muito jovem. Exige tempo”, concluiu Paulão Prestes.

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