Recursos ergogênicos, ao contrário do que muitos imaginam, não se limitam apenas ao uso de substâncias esteroides e anabolizantes. Afinal, tudo aquilo que contribui para melhorar a sua performance esportiva pode ser considerado algo ergogênico. Como, por exemplo, um tênis específico ou um cinto para estabilizar a lombar.
No entanto, quando falamos em melhora aguda da performance, é inevitável que essas substâncias entrem em pauta. E entender corretamente o que elas podem gerar (de positivo e negativo) para o organismo é fundamental para evitar erros que podem custar caro – para o bolso e para a saúde.
Ergogênicos ajudam a emagrecer e ganhar massa muscular. Mas cuidado!
“Os ergogênicos são substâncias utilizadas para aumentar a resposta fisiológica nos treinos. Seja ela psicológica ou muscular. Sabendo usar são ótimos recursos para potencializar os ganhos musculares e/ou perder gordura”, afirma com exclusividade para o Sport Life o personal trainer Cássio Fidlay.
Cássio ainda indica na sequência o uso de ergogênico para os exercícios de alta intensidade ou de longa duração. O motivo citado pelo profissional é de que essa substância ajuda a potencializar a continuidade dos exercícios e ajudam ao não catabolismo. A restrição foi quanto a possível quantidade diária ideal.
“Cada corpo é um corpo, respondendo e tendo reações diversas. De maneira, que o uso seja individual e intransferível. Pois o que é bom para um mesmo tendo o mesmo objetivo não é bom para o outro. Cada pessoa deve receber orientação de um nutricionista ou médico especializado em tal segmento”, enfatiza Fidlay.
Ergogênicos x suplementos: qual é o melhor?
“São propostas diferentes para objetivos iguais. Cada objetivo se constrói em cima de algo, seja ergogênico e seja suplemento. O que vai diferenciar é o tempo de resposta e resultado final. Vai ver qual é a melhor opção”, detalha o educador.
O personal até admite que o consumo de ergogênico pode ser conciliado com suplemento, mas com cautela. “Sim. Pode. Mas sempre muito bem orientado e no momento certo para tal uso. Usar demasiado ou o excesso pode causar problemas de saúde seríssimos”, termina Cássio Fidlay.
Dados
A preocupação com a boa forma movimenta a economia mundial. O estudo divulgado pela FMI (Future Market Insights) mostra que o mercado global de suplementos alimentares deve ultrapassar US $252 bilhões (R $1,25 trilhão) no ano de 2025.
Além disso, o Euromonitor disse que o setor brasileiro corresponde a 30% do mercado latino-americano de suplementos dietéticos e que em 2019 houve aumento de 7% no país.