A temporada de 2016 reserva uma sensação diferente para o são-paulino: ao olhar para sua trave, o torcedor não verá mais a imponente figura de Rogério Ceni. Com a aposentadoria do goleiro-artilheiro, Denis é quem tem a árdua responsabilidade de substituir o maior ídolo da história do clube. Contudo, mais do que os critérios técnicos, o São Paulo precisava de novos líderes para conduzir o time dentro de campo, visto que Luís Fabiano, outro que marcou época, também não faz mais parte dos planos.
Assim, a saída foi resgatar um velho conhecido que já viveu tempos de glória defendendo a camisa tricolor: o zagueiro Diego Lugano. Dez anos mais velho, o idolatrado uruguaio já não é mais o mesmo atleta de quando faturou o título da Libertadores, seja em termos técnicos ou em termos físicos. Porém, a esperança é que sua garra e o status de xerife sejam capazes de restaurar a energia e a vontade de vencer, coisas que há tempos não são vistas pelos lados do Morumbi.
E quem pareceu ter sido atingido por esses ventos de mudança foi Paulo Henrique Ganso. Motivado a se tornar o craque que o país um dia projetou e sonhando em retornar à seleção brasileira, o meia tem provado que, além de maestro, também possui sua faceta de goleador. Mesmo assim, o início do ano reservou alguns tropeços, e, se a exigente torcida espera pelo heptacampeonato no Brasileirão, é bom que reavalie suas pretensões – principalmente pelas baixas sofridas no setor ofensivo. Podemos dizer que a principal delas atende pelo nome de Alexandre Pato. Apesar das polêmicas que circundam sua carreira, o atacante terminou as últimas duas temporadas (2014 e 2015) como o grande artilheiro da equipe. E, para seu lugar, nenhum nome de peso foi contratado. Ou seja: a esperança da diretoria é de que os remanescentes Rogério e Alan Kardec deem conta do recado. Após alguns anos com o plantel recheado de estrelas, fica a expectativa para ver se o clube ainda brigará na parte de cima da tabela diante de uma realidade diferente da qual estava habituado.