Cada terreno provoca um tipo de impacto diferente, por isso é preciso saber escolher o parceiro correto – não adianta correr em trilha e na praia com o mesmo modelo. Tem que saber qual é o tênis certo, já que se o calçado escolhido não for adequado, há um grande risco de desconforto e até uma lesão.
A escolha do calçado depende também da sua estratégia. Em uma superfície macia, utilizar um tênis que permita grande movimentação do pé, como os minimalistas, é uma ótima chance de fortalecer o complexo tornozelo-pé. Já se o objetivo for uma melhor performance, os calçados de prova com pouco amortecimento, auxiliarão. E, por fim, se você está retornando de uma lesão por impacto, faça uma corrida na grama com um tênis de amortecimento. Se a causa da sua contratura for trauma com lesão de tornozelo, opte por um tênis de estabilidade em um piso também estável, como o asfalto. Existe um tênis certo para cada momento.
Confira as principais dicas para escolher o tênis certo na hora de correr:
-
-
ASFALTO : A primeira escolha dos corredores é liberada para todo tipo de treino, de tiros a longões. Corredores lesionados geralmente recebem a orientação de evitar o asfalto, mas isso nem sempre é necessário. Invista em um modelo flexível, leve e respirável, já que o asfalto esquenta bastante. Se você corre com frequência à noite, atente também para a refletividade do material | Foto: Getty Images
-
-
CONCRETO: Evite o concreto para os longões e, se for correr nele, use modelos com mais amortecimento. Ele é apontado por treinadores como a pior superfície, pois a densidade do material é a mais alta de todas e isso não permite que a força se dissipe. Como esse piso oferece um desgaste grande, procure um modelo com solado resistente e com um pouco de flexibilidade. Evite os minimalistas | Foto: Getty Images
-
-
TERRA: No caso da terra fofa, depende da estratégia. Por ter grande complacência (é macia, moldável), pede um tênis mais rígido para ajudar na propulsão. Mas a opção também pode ser o tênis minimalista quando o objetivo é fortalecer a musculatura do pé, já que o piso complacente favorece uma maior movimentação das articulações | Foto: Getty Images
-
-
AREIA: Na areia fofa não faz diferença correr descalço (você pode usar um tênis velho, já que ele serve apenas para proteção contra bolhas e calos) mas, se quiser fortalecer o pé, use um tênis minimalista. Quando a areia for batida (dura), use o tênis para minimizar o impacto. Devido à irregularidade e à maciez do terreno, o calçado precisa dar liberdade para adaptação do pé, por isso, grandes aplicações de borracha não são necessárias e o solado fica mais baixo | Foto: Getty Images
-
-
GRAMA: Como a grama não é um piso regular (tem buracos, raízes e poças), ela exige que o tênis tenha flexibilidade e um antiderrapante melhor em seu solado. Correr na grama pela manhã é até perigoso se for feito com tênis com solados muito gastos ou com pouco grip, havendo a possibilidade de escorregões por conta do orvalho | Foto: Getty Images
-
-
TRILHA: Aqui não é apenas a quilometragem o desafio, mas a natureza. Poças de água, lama, pedras, galhos e chuva são alguns companheiros das trilhas. E, claro, os tênis de corrida que você usa em outras ocasiões não servem. Os tênis para trilhas usam materiais diferentes dos convencionais de corrida, principalmente no solado e também membranas do cabedal. A presença de ranhuras altas e bem projetadas no solado tem função antiderrapante e garante que o barro desprenda-se com facilidade e não se acumule. Os tênis de trilha devem equilibrar quatro diferentes aspectos: proteção, amortecimento, estabilidade e peso | Foto: Getty Images
-
-
ESTEIRA: O mais adequado é buscar um tênis com solado flexível, com uma borracha de boa aderência para segurança e, principalmente, ventilação. Além da perfeita aderência, recomenda-se o uso de um tênis mais baixo, pois, como a esteira oferece uma superfície amortecida, não é necessário um tênis alto ou com muito amortecimento | Foto: Getty Images
Gostou? Não se esqueça de curtir e compartilhar com seus amigos corredores 🙂
Texto: Gabriel Gameiro | Edição: Brenda Prestes