À primeira vista, o novo TomTom Runner 3 é bem parecido com seu antecessor. O design se manteve praticamente intacto: a caixa do relógio possui entrada USB para ser recarregada, botão único para selecionar as funções e pulseira de borracha (muito resistente, por sinal) que pode ser trocada. A leitura dos batimentos cardíacos é feita pelo pulso, eliminando a necessidade do uso de cinta peitoral. As alterações estão no sistema do equipamento, cujo maior destaque é a função de exploração de rotas, que permite ao usuário variar o caminho do treino de corrida ou bike sem se perder. Para utilizar o recurso, basta calibrar a função “Bússola” existente no relógio e iniciar uma atividade que envolve o GPS (ciclismo, corrida, estilo livre). A partir daí, é possível criar sua própria rota ou sair por aí sem precisar memorizar o caminho de volta. Na prática, o recurso funciona direitinho: ao correr pela rua, experimentei fazer um percurso o qual não estou habituada e o GPS traçou fielmente o retorno. Ou seja, um “viva” ao fim do longão sem rumo.
A versão que testei possui fones de ouvido bluetooth. O aparelho foi redesenhado para ficar mais confortável e seguro: de fato, a versão anterior desse fone dava umas escorregadas do ouvido. O fone ainda possui capacidade para armazenar mais de 500 músicas, então dá para fazer playlist sem ficar entediado. Vale dizer que essa versão com o fone é ótima para quem adora correr ouvindo música. Eu até deixei em casa o celular e a braçadeira. A qualidade do som também é ótima; reproduz o áudio sem engasgos.
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Nos treinos de spinning, funcional e ioga, o modelo foi bem aproveitado: mostrou as calorias, a FC, o tempo de atividade, tudo muito bem. Ao baixar o app MySports no smartphone, você tem um relatório de todas as atividades que fez, com gráficos do esforço realizado, o que permite o acompanhamento de sua evolução. Isso era algo que já existia na versão anterior e em outros equipamentos, mas é importante reiterar que é um recurso bem bacana. Algo de que gostei foi que o Runner 3 parabeniza quando você dá 10 mil passos ao longo do dia, uma forma de incentivá-lo a ir mais longe.
O único ponto negativo é a durabilidade da bateria. Se o modelo está em repouso, apenas no pulso, sem rodar nenhuma atividade, dura uns bons 4 dias; com o início de alguma atividade (principalmente com GPS), a bateria despenca para 2 dias de duração. Fora isso, é um equipamento que vale a pena, fácil de mexer e discreto, caindo bem em qualquer look. O preço é um pouco salgado, claro, mas é o valor do mercado e está na média dos concorrentes. Há as versões mais austeras, sem fone e sem medidor de batimentos cardíacos, que variam entre R$ 999 e R$ 2 399, valor da versão mais completa.
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