É muito comum ver métodos de treino sendo inventados ou modificados durante os anos, e a criatividade não tem limites para dar ao público o caminho mais fácil para seus objetivos, seja a perda de peso, estética e/ou o desempenho físico. Dentre os últimos métodos, encontramos o HIIT, que significa High Intensity Interval Training ou Treino Intervalado de Alta Intensidade, que consiste em treinos de curta duração com o máximo de intensidade e intervalos menores que o tempo de execução.
Existem inúmeras formas de trabalhar com o HIIT, seja no exercício específico para um determinado esporte, ou variando os exercícios para um treino mais integrado. Além disso, existem vários protocolos de treino intervalado, sendo os mais conhecidos: Tabata, Gibala e o Timmons, ambos com tempos de execução e descanso diferentes. Recomenda-se que as sessões de HIIT devem ser realizadas a cada 48 horas para uma recuperação completa até a próxima sessão, para evitar um quadro de overtraining e fazer com que seu atleta se lesione ou diminua a performance.
Saiba que o treinamento intervalado não é algo inovador, já que ele surgiu em 1939 idealizado por cientistas alemães e ganhou fama com Emil Zatopek, que incluiu os métodos em seu treinamento e conquistou quatro medalhas olímpicas e 18 recordes mundiais em provas de corrida. Ele apenas ganhou novas ferramentas para atingir públicos diferentes, além de atletas.
A eficiência deste método de treino é comprovada na literatura, mostrando que pode atuar no aumento do metabolismo basal por gerar um desgaste tão grande a ponto de fazer o corpo trabalhar até 48 horas para restabelecer seu equilíbrio (homeostase) e pode ser realizado em qualquer atividade física (corrida, bicicleta, remo, funcional, musculação e etc). Porém, é necessário destacar que controlar o balanço energético (o quanto de energia é gasta pelo tanto de alimento que é ingerido) é a melhor forma de emagrecer, pois os efeitos do HIIT são anulados em longo prazo e possuem a mesma eficácia do aeróbio de longa duração, se não houver um controle na alimentação. Ou seja, treinamento físico aliado a uma alimentação saudável contribui para um processo de emagrecimento eficiente, seja qual for sua estratégia de treino. Portanto, o HIIT é um método de treinamento válido para que você possa sair da rotina e fazer atividades próximas da alta intensidade se você possui capacidade física para tal nível.
E por falar em capacidade para fazer o HIIT, é primordial que o atleta/aluno tenha o mínimo de aptidão para essa atividade, levando em consideração o nível de execução, coordenação motora, capacidade cardiorrespiratória (sendentário/atleta), lesões antecedentes e predisposição físico-psicológica. Levar em consideração todos esses tópicos faz com que não ocorram surpresas desagradáveis, como lesões e a falta de motivação por não conseguir realizar a atividade idealizada.
Por isso, o HIIT é um método polêmico onde muitos defendem com unhas e dentes, mas como podemos ver, a variação de estímulos junto à uma alimentação saudável é a melhor escolha para alcançar os melhores resultados.