A busca por um corpo forte e definido muitas vezes está mais ligada à estética do que a um estilo de vida saudável. E isso pode se tornar uma obsessão constante e até mesmo em uma doença: a vigorexia.
Também conhecida como transtorno dismórfico muscular, a doença baseia-se na visão distorcida que o indivíduo tem de si mesmo: ao se olhar no espelho, mesmo forte e hipertrofiado, ainda se considera magro e fraco.
Os homens são os mais atingidos pela vigorexia, no entanto, mulheres também podem sofrer com o transtorno. Ele se dá principalmente em adeptos da prática de musculação.
As vítimas da vigorexia partem para o excesso de atividades físicas e utilizam suplementos alimentares e outras substâncias que intensificam a queima de gordura e auxiliam o desenvolvimento muscular, como anabolizantes e esteroides, quase sempre em altas dosagens e de forma indiscriminada. Passar horas na academia e abrir mão de outras atividades para viver em função do próprio corpo são sintomas evidentes do transtorno.
Principais sintomas da vigorexia
• Dores musculares persistentes
• Fadiga persistente
• Ritmo cardíaco elevado, em estado de repouso
• Maior suscetibilidade a infecções
• Maior incidência de lesões (a vigorexia pode levar ao overtraining)
• Irritabilidade
• Depressão
• Perda de motivação
• Insônia
• Perda de peso
Tratamento
Dificilmente, o indivíduo aceita que está com vigorexia. Por isso, ele precisa de ajuda e o apoio da família e amigos é fundamental.
A luta contra o distúrbio exige o auxílio de um psicólogo, nutricionista, médico clínico, fisioterapeuta. Além disso, o educador físico também pode ajudar, principalmente por, muitas vezes, ser uma pessoa muito próxima de quem está com a vigorexia.
A procura incessante por um corpo perfeito e a excessiva valorização do culto à imagem, conceitos comuns na sociedade atual, são alguns dos fatores que explicam o número cada vez maior de vítimas da vigorexia. As atividades físicas devem sempre ser aliadas a um modo de vida saudável, dentro dos limites de cada um.