É comum fazer uma pausa nas atividades físicas durante as férias, mas é preciso tomar alguns cuidados especiais na volta aos treinos. O importante é não ter pressa para voltar ao ritmo anterior e seguir hábitos saudáveis para readaptar o corpo à rotina de treinos.
Voltar a se exercitar de forma gradual e contínua, praticar aquecimentos para prevenir lesões e reservar um tempo para descansar são os segredos para um retorno seguro. Além disso, é importante ter cuidado com a intensidade do treino.
Segundo o fisiologista Diego Leite de Barros, dependendo do tempo de inatividade, o corpo perde não apenas a força, mas também a flexibilidade. A combinação de fraqueza muscular e encurtamento das fibras geralmente nos deixa mais suscetíveis a lesões.
Isso significa que respeitar o próprio corpo e sua evolução ajudam no processo de readaptação. “Uma vantagem é que temos memória muscular, que é aliada nessa fase de retomada. Os músculos lembram dos estímulos de antes da pessoa parar.”, explica Guilherme Micheski, profissional de educação física, especializado em medicina esportiva.
Como readaptar o corpo
Os especialistas revelam alguns segredos que ajudam a recuperar o ritmo dos treinos:
- Recomece sem pressa: não queira recuperar o tempo perdido de uma só vez;
- A regularidade do treino é fundamental, por isso a frequência é a chave para bons resultados;
- Defina o número de dias da semana que irá treinar e distribua os tipos de treino entre cardio e força;
- Estabeleça metas alcançáveis;
- Tenha uma alimentação saudável e balanceada.
Importância do aquecimento
Não dá para falar de readaptação do corpo sem falar do aquecimento. Ele é imprescindível para despertar os músculos e articulações antes do exercício físico, e é a chave para evitar lesões.
É importante ter controle: o aquecimento deve elevar a frequência cardíaca para entre 70% e 80% da sua máxima. Menos que isso não ativa o seu sistema cardiovascular. Acima disso certamente significará começar a prova ou a sessão de treinos cansado.
É recomendado que ele seja progressivo, o que significa começar com uma intensidade baixa, em torno de 60% a 70% da frequência cardíaca máxima, e aumentar a intensidade gradualmente.
Fontes: Diego Leite de Barros, especialista em fisiologia do exercício e Guilherme Micheski, gerente técnico da Smart Fit.