Passaram-se muitos dias depois de 3 de dezembro, data instituída pela ONU (Organizações das Nações Unidas) como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Fato que não impede de citar a atividade física como boa solução ao público PcD (Pessoa com deficiência). Quem garante é a professora do curso de Educação Física do CEUB (Centro Universitário de Brasília) Hetty Lobo.
Visão da especialista
Questionada sobre qual atividade é ou não recomendada, Lobo admite que tudo varia de acordo com a necessidade da pessoa. E não deixou de citar quais são as modalidades que fazem sucesso entre o público paralímpico.
“Depende da patologia e do grau de comprometimento, considerando os diversos contextos em que atividade física como: ginástica artística, dança, jogos, esportes realizados na terra e na água podem ser realizados estabelece se uma relação de meio e fim. Destacam-se as atividades do goalball, o atletismo e o futebol de cinco”, explica Hetty Lobo com exclusividade para o Sport Life.
A docente do CEUB discorre que esse estímulo é vital para que uma pessoa portadora de necessidade especial possa desfrutar de uma vida saudável e que precisa haver a eliminação de obstáculos diários.
“No caso de pessoas com deficiência, em particular, o estímulo, a educação e o lazer ativo na infância e na adolescência são pressupostos para uma vida adulta com mais saúde e qualidade. Para que isso aconteça, a eliminação de barreiras de todas as naturezas e a criação de oportunidades de participação em igualdade de condições com as demais pessoas são necessárias”, completa Hetty.
Teoria + prática = resultado positivo
Orientação que “casa” com a recomendações de vários acadêmicos de educação física. Durante muitos anos, houve apenas relatos de pessoas com deficiência sobre a importância de se exercitar. Eis que surgiu no ano de 2019 a pesquisa da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas). Cuja desenvolvimento pertence a educadora física Lionela Corrêa, da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).
As pessoas que fazem parte do projeto Proamde (Programa de Atividades Motoras para Deficientes), pessoas cadastradas na SEPED (Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência) e associações vivenciaram essa experiência. Houve a constatação depois da prática que todos apresentaram resultados expressivos e com autopercepção positiva da qualidade de vida.
Opinião
Além disso, questionada sobre processo ideal de atividade física para o indivíduo PCD, Lobo não esquece do critério da inclusão social. “Promover qualidade de vida de pessoas com deficiência vai além da assistência médica ou prevenir doenças. Ou seja, deve sempre favorecer o aprimoramento pessoal, bem-estar, derrubando barreiras e facilitando a vida produtiva em sociedade”, finaliza.