Fluminense de Nova Friburgo, 25 anos de idade e especialista no nado peito, Jhennifer Alves foi medalhista de ouro no Pan-Americano de Lima em 2019 no 4×100 m medley misto. Engana-se quem pensa que essa conquista é o ápice da carreira dessa atleta, ou seja, a atual época é o seu período de apogeu.
Jhennifer Alves detalha o seu auge profissional
“O meu auge está sendo agora. Tento não me colocar em pressão para acontecer e sempre foi algo natural em busca dos meus melhores tempos. Buscando os meus melhores tempos e eu sei que o recorde vem junto. Acredito que seja por isso que estou sempre conquistando vários recordes”, disse Jhennifer em entrevista exclusiva para o Sport Life.
Alves fez parte da delegação do Brasil no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2022, em Budapeste, capital da Hungria, e avançou até a decisão. O seu desempenho lhe garantiu na final com tempo de 30s28, o que resultou no novo recorde sul-americano. Já na finalíssima terminou em oitavo lugar e foi a primeira do continente a figurar na decisão desse torneio.
Outro campeonato que culminou com tempo recorde para Jhennifer foi o Troféu Sette Colli, em Roma, capital da Itália. A jovem nadadora quebrou o recorde sul-americano nos 50 m peito com o tempo de 30s40.
“Hoje me inspiro em alcançar os meus objetivos dando o meu melhor para outras pessoas se inspirarem. Junto ao meu staff estamos trabalhando com inovações em treinos, em técnicas para conquistarmos o tempo e até mesmo antes da seletiva olímpica para chegarmos ano que vem (2024) e só confirmarmos a vaga”, comentou a nadadora.
Tempo difícil como superação
A carreira de um esportista não é feita somente de glórias, Jhennifer lidou com a dor da frustração. A friburguense participou do Troféu Brasil de Natação e estreou com recorde nacional nos 100m com tempo de 01:07:35.
Porém, depois não repetiu essa marca, atingiu 01:08:08 e por um segundo não conseguiu índice olímpico para Tóquio 2020, olimpíada que foi realizada no ano de 2021 devido ao agravamento da pandemia do coronavírus.
“Foi um momento muito delicado para o mundo inteiro pela pandemia. Era tudo muito incerto, foram cinco meses sem conseguir treinar e isso ‘pesou’ na hora da classificação”, recordou Alves sobre esse período.
“Acredito que todo esportista já pensou em desistir em alguns momentos. Eu já pensei em um momento onde meus resultados caíram e me vi muito contada por eu mesma e entre outros ao meu redor. Mas foi um momento de reflexão e eu sabia que desistir não seria o melhor caminho, pois eu sabia que poderia ser melhor”, concluiu Jhennifer Alves.
Galeria de conquistas
Além da medalha de ouro no Pan de 2019, Jhennifer foi campeã por duas vezes nos Jogos Sul-Americanos de 2022 nos estilos peito (50m) e no medley (4x100m). Em seguida, a nadadora “agarrou” o ouro na Universíade 2019 em Nápoli, na Itália, e foi a primeira brasileira a figurar no lugar alto do pódio dessa competição.
Esse ouro na piscina Scandone, do sul da Itália, só foi possível depois de concluir o tempo de 30s73. Anteriormente, Fabiola Molina ficou no quase com a medalha de nos 100m costas na temporada de 1997 e Rebeca Gusmão por pouco não foi campeã quando ficou com bronze em 2007 nos 50m livre.