Nosso leitor curitibano João Ferreira Freitas Filho é um dos mais rápidos corredores veteranos do Brasil. Freitas, que correu todas as edições da Maratona de Curitiba, (seu recorde pessoal na prova é de 2h50min aos 47 anos de idade!) leu nosso post sobre os motoristas curitibanos e nos contou o que realmente acontece. Ao texto:
“Essa maratona começou em 1997 e a Prefeitura Municipal de Curitiba comandava todas as suas etapas. Hoje, quem a organiza é a Latin Sports. Sei que a Prefeitura ainda detém o seu controle, mas não sei os detalhes do contrato com a Latin. Quanto ao trânsito, sei muito bem o que acontece e dou toda razão aos motoristas. E olha que participei de todas as maratonas de Curitiba. Assim, poderia muito bem esculhambar os motoristas, mas a verdade tem que prevalecer. O motorista entra em uma via de mão única, sem que haja qualquer aviso de obstrução. De repente, depara-se com uma rua totalmente bloqueada e ele fica preso. Pense você em uma situação destas, indo a um hospital, aeroporto, concurso público, vestibular, etc.
Falta muita orientação aos motoristas que são pegos de surpresa. Faixas são colocadas nos dias em que antecedem a maratona, mas as informações das faixas são insuficientes para que os motoristas não caiam na armadilha/arapuca. Além disso, a maioria do pessoal que controla as vias obstruídas é inflexível. Com um pouco de boa vontade, poderia liberar os carros, entre a passagem de um corredor ou outro. Mas não é bem assim que acontece. Sou maratonista e apoio o fechamento das ruas, tal qual nas grandes cidades do mundo, mas tem que ter melhor organização… Obs.: a maratona de 1995, em Curitiba, foi organizada pelo Santa Mônica Clube de Campo. Em 1996, não tivemos maratona em Curitiba (daí um grupo optou pela participação da primeira maratona de Buenos Aires)”.
Cabe então às organizadoras enfatizarem junto com a população – afinal os Departamentos de Transito cobram taxas altíssimas das organizadoras – maiores ações de comunicação como espalhar faixas sobre as interdições de rua ao longo do percurso (vide foto), panfletagem nos cruzamentos, enfim, educar para depois cobrar.