Até hoje existe muito debate de qual é a melhor técnica para a corrida. A busca da biomecânica é encontrar informações para que o rendimento dos atletas melhore sempre. E a participação do movimento dos braços parece estar envolvida nisso.
O melhor desenho de um bom corredor normalmente conta com as passadas e movimentos de braços muito coordenados, no movimento apostos (quando a perna direita avança, o braço esquerdo também impulsiona).
A movimentação dos braços mostra sim ser importante para o corredor. Tanto que a atuação deles ajuda a melhorar o rendimento.
Além de ajudar na postura, o movimento dos braços pode ajudar no aproveitamento da força de reação do solo, tornando o corredor mais eficiente e, portanto, mais competitivo. A participação dos braços durante a movimentação do corredor corresponde a cerca de 1% do deslocamento do centro de gravidade (porque, quando corremos, nosso centro de gravidade oscila para cima e para baixo).
Há, ainda, uma diferença no gasto energético e na postura de correr sem movimentar os braços. Quanto menor o gasto energético para a mesma velocidade/ritmo, mais competitivo se torna o corredor.
Como segurar os braços durante a corrida
Existem diferentes maneiras de segurar os braços durante a corrida, as quais os pesquisadores analisaram: a movimentação natural; “presos” atrás das costas; “presos” junto ao tórax e “presos” acima da cabeça.
De fato, houve aumento significativo do gasto energético para todas as formas em que eles ficaram sem a movimentação natural. Além disso, houve também maior rotação de ombros e quadril nessas situações desfavoráveis. Maior rotação de articulações promove maior desgaste articular e, com isso, o risco de lesões sobe.
Em resumo: a participação dos braços na corrida é importante, sim, porque diminui o gasto de energia e desgasta menos algumas articulações.
Claro que nenhum de nós correrá segurando os braços, seja acima da cabeça, seja atrás ou na frente do tronco. Portanto, eles precisam se movimentar durante a corrida. Fica justificada, assim, a necessidade de prestar atenção e procurar uma movimentação biomecanicamente fluida.